Ambientes aliam pesquisa, experimentação e diversão

 

 

 

 

Ambientes interativos e um aprendizado divertido. Essa é a dinâmica das oficinas e cursos oferecidos pelos Centros Juvenis de Ciência e Cultura (CJCC), criados pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia. Com duas unidades inauguradas, nas cidades de Salvador (dentro do Colégio Estadual da Bahia – Central) e Senhor do Bonfim, os Centros promovem educação complementar em tempo integral, de forma lúdica e em espaços atrativos, visando ampliar o acesso da juventude baiana às temáticas culturais e científicas contemporâneas.

Veja a matéria completa na Revista Educação Bahia 2014

Os Centros Juvenis oferecem aos estudantes do ensino médio – seu público-alvo preferencial – uma grande diversidade de atividades culturais e de acesso ao conhecimento científico, na perspectiva de consolidar a capacidade cognitiva de fazer nexos interdisciplinares, potencializando a compreensão de fatos, questões, invenções, avanços e conquistas científicas, sociais, culturais, artísticas e tecnológicas da humanidade. Entre 2013 e 2014, mais de 10 mil estudantes participaram das atividades oferecidas pelos Centros.
 

Centros Juvenis de Ciência e Cultura
Aberto de segunda a sexta-feira, os espaços funcionam nos três turnos. As atividades são oferecidas gratuitamente e acontecem em turno diferente ao qual o estudante frequenta a escola convencional. Entre os cursos e oficinas oferecidos, os estudantes podem escolher: Simulador de Voo, Labmath, Conectados, Contadores de História, Batalha de Argumentos, Clube de Leitura, Fazendo Selfie, Papéis Interativos, Embaixadores da Ciência, Ciência Bruta, Universo e seus Mistérios, entre outras atividades.

Aprendizado científico - Estudante da oficina Embaixadores da Ciência, Roberta Andrade Fraguas, 16 anos, aluna do 1º ano do ensino médio na Escola Técnica da Casa Pia e Colégio dos Órfãos de São Joaquim, lembra como a oficina mudou o seu olhar em relação às ciências. “Minha percepção em relação às ciências mudou muito, porque vejo, hoje, uma coisa prática. Aqui eu posso comprovar o que penso, posso colocar em prática o que vem a minha cabeça”.

Em 2014, Roberta foi uma das representantes do CJCC na 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no Acre, com o projeto “Sustentabilidade Z”. A estudante desenvolveu uma embalagem plástica biodegradável orgânica para polpa de frutas. “A SBPC foi a melhor experiência da minha vida”, conta a estudante.

Para a professora Aidil Garcez, que ministra a oficina O Universo e seus Mistérios, voltada para a astronomia, o CJCC lhe dá a oportunidade de trabalhar temas complexos, despertando interesse nos estudantes. “No Centro, a gente tem a possibilidade de trabalhar de forma diferenciada, usando jogos e práticas que, no dia a dia da sala de aula, a gente ainda não consegue utilizar. Isso desperta o interesse do estudante, ele participa, interage e o professor consegue ter uma resposta mais satisfatória”. Professora do Núcleo de Ciências da Natureza, Aidil ajuda os estudantes a compreenderem elementos da astronomia. “Nós trabalhamos muito com atividades práticas. Isso desperta a curiosidade dos estudantes e a autonomia”, acrescenta.

O despertar da autonomia e do protagonismo entre os jovens também é destacado pelos estudantes como a grande contribuição do CJCC para a sua formação. “Depois que entrei no CJCC, eu fiquei mais responsável. Eu tenho os meus projetos para concluir e os meus relatórios para escrever. É a minha ideia, eu preciso cuidar”, diz Matheus Carvalho Meireles Lima, 17 anos, estudante do 3º ano do ensino médio no Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas, aluno das oficinas Ciência Bruta e Embaixadores da Ciência.

Atrelado às temáticas tecnológicas, o CJCC oferta, ainda, oficinas que buscam orientar os estudantes para um uso consciente das novas tecnologias. “A aula é bem legal. A gente aprende e se diverte. Agora, eu tenho outra perspectiva em relação à tecnologia, consigo aproveitar melhor o conteúdo da rede e filtrar as informações”, revela Raphael Oliveira, 17 anos, estudante do 3º ano do ensino médio no Colégio Central e participante da oficina Conectados.

 

 

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