Bahia quer ser referência em história e cultura Afro-Brasileira

A implementação da Lei 10.639, que inclui no currículo escolar a disciplina “História e Cultura Afro-Brasileiras” foi tema de discussão entre os secretários da Educação e da Promoção da Igualdade do Estado da Bahia (Sepromi), Osvaldo Barreto e Vanda Sá Barreto, e representantes do Ministério da Educação e da Secretaria de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em reunião realizada nesta segunda-feira (4), em Salvador.

Para Osvaldo Barreto, a discussão sobre o tema objetiva melhorar a qualidade e acelerar a implantação da educação étnico-racial. “A Bahia é o estado com a maior população negra do Brasil e tem a obrigação de se transformar em uma importante referência para o campo da educação das relações étnico-raciais. O Estado já desenvolve ações voltadas para a valorização da cultura negra e foi premiado recentemente”, afirma.
 
O prêmio citado pelo secretário foi o Selo Educação para a Igualdade Racial 2010, recebido pelo Colégio Estadual Duque de Caxias, do município de Jequié, no último dia 21. A secretária da Sepromi, Vandá Sá Barreto, complementa que a experiência da Bahia poderá servir de estímulo para outros estados. “A educação é um espaço privilegiado para a promoção da igualdade, a começar por ser este o ano emblemático, determinado pela Organização das Nações Unidas como o Ano Internacional do Afrodescendente. Nós vamos trabalhar a partir das diretrizes curriculares que dão unidade nacional na construção deste projeto”, ressalta.
 
Participação da sociedade – Esta foi a primeira reunião entre os representantes dos órgãos estaduais e federais. O objetivo é estabelecer um diálogo com a sociedade para discutir as ações necessárias à implementação da Lei 10.639. De acordo com a superintendente de Educação Básica do Estado, Amélia Tereza Maraux, o próximo passo é promover discussões com a sociedade civil para a implantação da Lei.
 

“A Bahia desempenha um importante papel histórico no cenário nacional. O objetivo é promover esta ação em toda a rede escolar. Nós vamos promover discussões com a sociedade visando a implementação da Lei e o compromisso do governo no que diz respeito aos desafios para a superação das desigualdades raciais”, conclui a superintendente.

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