Consed: Secretários estaduais de Educação de todo o país debatem a BNCC

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Secretários estaduais de Educação de todo o país participaram, em São Paulo, nesta segunda-feira (25), da II Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), onde foram debatidas estratégias para o setor, incluindo a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A BNCC deve determinar os conhecimentos e habilidades essenciais que todos os estudantes brasileiros das três etapas da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio), devem aprender. Os currículos serão definidos considerando as especificidades de cada localidade e região do país. O secretário da Educação da Bahia, Walter Pinheiro, participou das atividades.
 
Pinheiro destacou que a Bahia foi um dos primeiros estados a realizar um seminário estadual para debater a BNCC, ainda em 2016, e que diversas atividades foram realizadas para ouvir estudantes e educadores para a construção do Currículo Bahia. “Estamos levando coordenadores pedagógicos para todas as escolas, inclusive, a partir de concurso público, e estamos implementando um novo perfil de oferta, baseado no que colhemos em encontros que tivemos com todos os diretores de escolas. Firmamos parcerias estratégicas, inclusive com o Google, para que a tecnologia seja uma ferramenta utilizada para fortalecer o eixo pedagógico e, neste sentido, fizemos formação com mais de 23 mil professores numa exitosa parceria com a Universidade Federal da Bahia, e estamos realizando duas jornadas pedagógicas por ano em cada escola da rede”, frisou Pinheiro. 
 
O secretário também falou do esforço da Secretaria para criar cursos de Tecnólogo na Educação Profissional, a partir de parcerias com instituições de Ensino Superior, para que os Centros de Educação Profissional no Estado passem a ofertar também esta modalidade de nível superior. “Temos dialogado com as instituições públicas de ensino superior aqui na Bahia para construir novos cursos de Tecnólogo, ampliando o itinerário da Educação Profissional e passando a ofertar o acesso ao Ensino Superior dentro dos nossos centros da Educação Profissional”, destacou. Pinheiro citou ainda a importância da valorização das culturas identitárias territoriais, das competências cognitivas e socioemocionais, além da contextualização da sala de aula com a Educação no século XXI, na construção do Currículo Bahia.
     
Pela manhã, os secretários participaram de seminário sobre a Proposta de Atualização da Política Nacional de Educação Especial, promovido em regime de colaboração por Consed, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Ministério da Educação (Mec). O evento contou com a presença do ministro da Educação, Rossieli Soares, e da secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Mec, Ivana de Siqueira.
 
Pinheiro ressaltou que a Bahia lançou em julho de 2017 as Diretrizes da Educação Inclusiva, “um marco histórico e orientador das práticas pedagógicas dos professores e da organização das estruturas escolares”, disse.  Na Bahia, a rede estadual conta com Atendimento Educacional Especializado (AEE), que hoje está disponível para mais de oito mil  estudantes com necessidades educacionais especiais. São 65 Salas de Recursos Multifuncionais (SEM), 12 Centros de Atendimento Educacional Especializado e seis instituições conveniadas. Os alunos são atendidos nas escolas da rede e nos Centros de Educação Especial, dentro de suas especificidades, para que possam participar ativamente do ensino regular. No ato da matrícula, a família pode escolher a escola da sua conveniência e a Secretaria providencia os meios para que o estudante acesse e permaneça na referida unidade escolar.
 
O secretário também ressaltou que a Secretaria da Educação inaugurou, neste ano, a primeira classe hospitalar da rede estadual, que funciona no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS). A iniciativa integra o Programa Serviço de Atendimento à Rede em Ambiências Hospitalares e Domiciliares (SARAHDO), que tem como objetivo garantir o direito de estudantes enfermos do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que se encontram nos leitos hospitalares ou em atendimento médico domiciliar, a darem continuidade aos seus estudos. 
 

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