Corra pro Abraço distribui livros para populações vulneráveis em campanha de prevenção ao Coronavírus

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“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”. É com base nesta música dos Titãs, que o ‘Corra pro Abraço’, programa de Redução de Danos da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), inicia a segunda fase da campanha #CorraParaAPrevenção, agregando a distribuição de livros de literatura às doações de kits para as populações em situação de rua e instituições parceiras. A ação, que conta com apoio da Secretaria de Educação do Estado da Bahia e da Fundação Pedro Calmon, comunga com o princípio já consolidado no Corra, que tem a Arte e a Educação como ferramentas elementares de construção de cidadania e da dignidade humana. 
 
A primeira fase da campanha #CorraParaAPrevenção, que começou no dia 23 de março, compreendeu a realização de 2921 atendimentos a pessoas em situação de rua,  distribuição de 2477 kits-lanche e 2464 kits de higiene pessoal, além de uma média de 4124 kg de mantimentos, itens de higiene pessoal e materiais de limpeza para 17 instituições que fornecem alimentação para pessoas em situação de extrema vulnerabilidade. Também ocorreu a doação de 296 cestas básicas para famílias de assistidos do Corra Juventude, nos bairros da Santa Cruz, Plataforma, Fazenda Coutos e Beiru. A campanha segue com arrecadação de alimentos, itens de higiene e doações em dinheiro, e com ações nos territórios para redistribuição dos insumos e monitoramento das demandas, como por exemplo, o cadastramento das pessoas em situação de vulnerabilidade nos programas de auxílio e o encaminhamento para unidades de acolhimento do Município.  
 
“O Corra é um programa de articulação e promoção de direitos e cumpre o papel de estreitar o acesso das pessoas em situação de extrema vulnerabilidade aos serviços públicos relacionados à assistência social, como Saúde, Moradia, acesso à Justiça.  Sob a compreensão de que os sujeitos precisam desenvolver autonomia para seguir caminhando em sociedade e que esta autonomia passa também por uma perspectiva simbólica de reposicionamento individual e coletivo”, explicou o Secretário Carlos Martins, da SJDHDS. As ações são realizadas em parceria com as OSC’s ComVida e Cipó.
 
O Corra pro Abraço sempre atuou com a dimensão cultural na garantia dos direitos humanos, entendendo a urgência do alimento e das demandas de manutenção da vida, mas também a literatura como alimento do espírito. Além da vulnerabilidade social e econômica, dos riscos da exposição ao vírus e do adoecimento, o programa identificou a grave vulnerabilidade emocional destes sujeitos e convoca a comunidade artística a aderir a essa segunda fase da campanha. #ComArteSemCorona.
 
“No início dessa primeira fase da campanha o serviço encontrou ruas desertas sem alternativas de alimento, água ou abrigo, os serviços da esfera municipal passaram a desenhar os fluxos de atendimento, as ofertas de auxílios emergenciais do governo do estado começaram a ser anunciadas, bem como foram anunciadas as ofertas de auxílios do governo federal. Decifrar os fluxos e pensar estratégias para permitir o acesso dessas pessoas aos auxílios emergenciais, vez que estas, pelo grau de vulnerabilidade, têm mais dificuldade em acessar, passa a ser uma das principais linhas de ação no contexto do Covid-19”, pontuou Trícia Calmon Coordenadora Geral do Corra.
 
Além da dimensão lúdica incorporada e situada no centro da ação do programa nesta segunda fase da campanha #CorraParaAPrevenção, a estratégia será de aprofundar o acompanhamento em territórios ainda não alcançados por outros serviços e monitorar as demandas das pessoas em situação de extrema vulnerabilidade. Muitas pessoas que estão em situação de rua não tem acesso à dispositivos tecnológicos para se cadastrar nos programas ou mesmo apresentam problemas com documentação e falta de informação sobre os serviços disponíveis. Além da equipe que está em campo, o Corra conta com uma equipe home Office que está de plantão sistematizando, encaminhando e monitorando o andamento das demandas colhidas nas ações nos territórios. 
 
Fonte: SCJDHDS

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