Delegação internacional conhece sistema de alimentação escolar da Bahia


O secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, recebeu, nesta quinta-feira (10/04), na sede da Secretaria, no Centro Administrativo, uma delegação com técnicos e ministros dos governos africanos do Benin, Burundi e Togo. Também estiveram presentes o diretor-geral do Centro de Excelência Contra a Fome, do Programa Mundial de Alimentos (PMA), da Organização das Nações Unidas (ONU), Daniel Balaban, e a coordenadora do Programa Nacional de Alimentos (Pnae), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Albaneide Peixinho. Os visitantes chegaram ao Estado interessados em conhecer o programa de alimentação escolar desenvolvido nas escolas da rede estadual.

Esta é a décima visita de delegações internacionais que procuram a Bahia no intuito de conhecer as especificidades do sistema de alimentação escolar, implantado nas unidades escolares da rede pública. “O programa de alimentação escolar na Bahia é uma política de Estado que vem sendo aprimorada no decorrer dos anos, alinhada às estratégias do Governo Federal. Esta é uma questão fundamental para a construção de uma educação de qualidade, por sua importância para a manutenção do estudante na escola”, declarou o secretário Osvaldo Barreto.

 

Fotos: Claudionor Jr. Ascom/Educação

Para o ministro adjunto da educação do Benin, Albert Adagbe, a abrangência do programa é muito importante. “A educação é um direito universal e, para garanti-lo, precisamos de vários elementos, entre eles, a alimentação escolar. A Bahia tem um engajamento muito forte nesse sentido. Aqui, nenhuma comunidade é excluída”. A delegação permanece na cidade até 15 de abril.

Referência internacional – De acordo com Daniel Balaban, dois motivos foram fundamentais para que a Bahia fosse o local escolhido para as visitas. “O Programa de Alimentação Escolar da Bahia é extremamente eficiente e consegue atender a todas as escolas. Além disso, a Bahia está muito próxima da cultura desses países. Os visitantes se reconhecem aqui, e percebem que é possível se espelhar nessas experiências”.

A ministra da educação do Burundi, Rose Gattiru, também elogiou a iniciativa. “Queremos conhecer a estrutura dessas cantinas escolares e entender como as escolas atingiram esse nível de organização. Nossa expectativa é que possamos chegar a esse nível de estratégias”.

Agricultura familiar – No Estado, 30% dos alimentos consumidos nas escolas da rede estadual são oriundos da agricultura familiar, em cumprimento à Lei n° 11.947/2009. A parceria com associações, cooperativas e pequenos produtores permite a aquisição de um mix de alimentos, que levam em consideração as características agrícolas de cada região. Todos os alimentos são supervisionados por uma equipe de nutricionistas.  Essa associação garante dois pilares importantes: a qualidade dos alimentos que estarão na mesa do estudante e o desenvolvimento local sustentável.

 

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