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Desfiles das fanfarras escolares abrilhantam o 2 de Julho em Salvador e no interior do Estado
O secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, que prestigiou o desfile na capital, destacou a importância da participação dos estudantes nesta data histórica do Brasil. Mais do que uma mera participação no 2 de Julho, ele disse ser o desfile a expressão da cultura que se estabeleceu nas escolas da rede estadual. “Este ano, inauguramos, a pedido do governador, as Escolas Culturais. Então, além das fanfarras, temos práticas de teatro, dança, literatura, audiovisual, ou seja, uma produção artística que tem brotado cada vez mais na rede, além da produção científica. As fanfarras vêm no 2 de Julho em uma sintonia para tocar aquilo que a cultura teve muito inserida. O aspecto cultural foi decisivo no campo de batalha, porque foi exatamente através dessa cultura que se construiu a vinda para o 2 de Julho e todo o esforço feito no dia 25 de julho, em Cachoeira. As fanfarras vêm para o desfile no sentido de expressar toda essa luta cultural”, declarou.
A própria questão da independência, completou Pinheiro, é nada mais que o povo baiano expressando o que estava inserido na sua cultura. “E isto acontece através de uma grande e qualitativa miscigenação, principalmente a cultural. Aquilo que veio da Europa, mais presente com os nossos índios, e de forma muito enriquecedora por aqueles que vieram da África e que consolidaram um caminho com um aspecto cultural muito forte, mas com a resistência e a defesa de um povo que se formou através da luta e por esses aspectos fortíssimos que norteiam a Bahia”, pontuou.
Protagonismo estudantil – Alegria, emoção e irreverência não faltaram aos estudantes, que apresentaram o importante fato da História do Brasil de forma didática e divertida. Depois de meses de ensaio e dedicação, o ritmo e a sincronia das bandas de fanfarras coloriram as ruas da cidade e seus integrantes receberem a atenção e os aplausos do público que comparece para assistir e participar ao evento cívico. Joel dos Santos, 17, 7ª e 8ª séries, do Colégio Estadual Getúlio Vargas, que toca pratos na Banda Presidente Getúlio Vargas, falou sobre a importância de participar do desfile: “A Independência da Bahia é uma data histórica para o Brasil e participar da fanfarra é uma forma de integração com os colegas”. O colega Jorge Vitor Melo, 15, que toca caixa, também declarou o seu orgulho de ser integrante da banda de sua escola: “É um prazer estar aqui, no 2 de Julho, participando do desfile como músico de uma fanfarra formada por pessoas de tão bom caráter”.
A estudante Maria Clara, 12, 6ª série, do Colégio Estadual Noêmia Rego, que está estreando no desfile, falou da sua emoção. “Nunca participei e estou gostando muito, porque a gente caminha pelas ruas e vai aprendendo ainda mais sobre a nossa história”, disse a mestre de alas no desfile. Willian Reis Silva, 16, 2º ano, do Colégio Estadual Manoel Barradas, também se mostrava empolgado. “É muito bacana participar deste desfile e é importante porque ajuda a tirar os jovens do mau caminho e nos aproxima mais das nossas família. Foi na fanfarra da minha escola que aprendi a tocar trompete”.
Pelo interior – Em Porto Seguro (a 592 km de Salvador), os estudantes do Complexo Integrado de Educação de Porto Seguro (CIEPS) desfilaram da unidade escolar até o centro da cidade, chamando a atenção dos moradores locais e dos turistas. A coordenadora pedagógica da unidade, Alessandra Tito, ressaltou que as comemorações do Dois de Julho deste ano têm um significado especial, pois marcaram o primeiro evento público desde a transformação do Colégio Estadual Pedro Álvares Cabral em CIEPS.
O estudante Alexandre Augusto Almeida, 16, do 2º ano, falou da emoção que foi participar do desfile como integrante da fanfarra do CIEPS, que foi recém-implantada. “Este foi meu primeiro desfile, gostei muito, foi emocionante. Desfilei na ala dos Heróis Esquecidos, que integrou a ala sobre Maria Quitéria, através da qual homenageamos os soldados que participaram das guerras e não têm seus nomes lembrados”, disse. Quem também fez a sua estreia no desfile cívico junto à fanfarra do complexo, foi Yasmin Conceição, 16, 2º ano, que toca pratos. “Foi a primeira vez que eu desfilei com a fanfarra pelas ruas de Porto Seguro e me senti muito realizada ao ver as pessoas aplaudindo. É muito bom poder mostrar o nosso talento para as pessoas e ter esse reconhecimento”, disse, entusiasmada.
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