Em live, SEC comemora 2 de Julho com apresentação de processo histórico e manifestações artísticas

A Independência do Brasil na Bahia foi celebrada pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), nesta sexta-feira (2), com o II Desfile Virtual 2 de Julho: o herói é o povo. A atividade, transmitida pela TV Educa Bahia e pelo canal do YouYube da SEC (https://bit.ly/3x9SDum), foi desenvolvida no formato de talk show e trouxe informações históricas referentes ao processo de independência da Bahia, abordando a sua importância na construção da unidade nacional, além de apresentações de poesias, dança e teatro. Participaram da live a diretora-geral do Instituto Anísio Teixeira (IAT), Cybele Amado, representando o secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues; o coordenador de Articulação entre Educação Superior e Educação Básica para os Complexos Integrados de Educação (CIEs), Robson Costa; e o jornalista e escritor Emiliano José.
 
A diretora-geral do IAT, Cybele Amado, falou sobre a importância do evento comemorativo ao 2 de Julho. “É muito importante a gente realçar o 2 de Julho e incorporá-lo, como temos feito, no nosso trabalho na Educação. É muito importante que a gente siga atualizando todos os fatos relevantes das revoltas populares que aconteceram na Bahia. Temos um compromisso sério com esta data e que a gente entenda o que foi este acontecimento histórico, que teve como marca o levante do povo por liberdade e justiça”.
 
O relato sobre o processo histórico que culminou no 2 de Julho coube a Emiliano José. “Há muito conto da carochinha em torno da Independência do Brasil pois este momento histórico só foi assegurado com a vitória do 2 de Julho, em 1823. Aprendemos que a Independência do Brasil aconteceu em 7 de setembro de 1822 e isso é uma meia verdade porque a independência do nosso país vai acontecer verdadeiramente com o 2 de Julho, na Bahia. As sangrentas batalhas do 2 de Julho que expulsaram os portugueses e impediram que o Brasil continuasse ligado a Portugal e que o Dom João VI voltasse ao nosso país para ser aclamado rei. A dura luta do povo baiano e dos batalhões patrióticos, constituídos por soldados e ex-escravos, que derrotaram o exército português aqui presente garantiram a independência real do Brasil”.
 
O ator Jackson Costa, por sua vez, recitou as poesias "O povo ao poder" e “Ode ao 2 de Julho”, de Castro Alves, e o ator Gideon Rosa interpretou texto do escritor Thiago de Melo. Mediada pelo jornalista Raoni Oliveira, da TVE, a live contou com as participações também da Orquestra Neojiba, que tocou "Aquarela do Brasil"; do Coral de Ipiaú, cantando "Raiz de todo bem"; dos alunos e atores da Casa Jonas e Pilar de Buerarema; dos dançarinos Leonardo Feliz e Alice Alcântara, de Ipiaú; e do Grupo de Capoeira e Samba de Roda de Buerarema, com o ator Aglei, entre outros. A atividade contou, ainda, com depoimentos da comunidade indígena Tupinambá; da historiadora Temireko Paraguaçu; e do professor Anildo de Souza, do Colégio Estadual de Aurelino Leal, entre outros. A tradução em Libra ficou a cargo de Ingrid de Oliveira e Jociane Rosa.
 
Festa cívica e popular – A Independência do Brasil na Bahia marca o início da separação definitiva do país do domínio de Portugal pelas tropas do Exército e da Marinha Brasileira, em 2 de julho de 1823, ano seguinte à emancipação brasileira proclamada por Dom Pedro I, em 7 de setembro de 1822. Celebração popular e de caráter cívico, a Festa da Independência da Bahia ou o Desfile do Dois de Julho, tradicionalmente, tem como marca o cortejo protagonizado pelas imagens do caboclo e da cabocla, que percorrem por ruas históricas de Salvador até à Praça Dois de Julho, no Largo do Campo Grande. As batalhas deflagradas no território baiano contaram com o apoio da população e foram decisivas para a expulsão das tropas portuguesas, que ainda insistiam em ocupar algumas províncias brasileiras. Dentre as mulheres lembradas na vitória estão Catarina Paraguaçu, Maria Felipa, Joana Angélica e Maria Quitéria.

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