“O que é sustentabilidade? É tirarmos os recursos da natureza, sem agredir o meio ambiente. Se tivermos ideias boas, podemos salvar o nosso mundo. Tenho só dez anos, mas me sinto capacitado para ajudar a construir uma sociedade sustentável para todos”. O discurso do garoto Antônio Alberto Croesy Neto, 10 anos, presidente da Câmara Mirim de Lauro de Freitas, na abertura da II Conferência Estadual Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, deu a tônica da representatividade juvenil do evento, nesta quarta-feira (13/11), no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador. Com o tema Vamos cuidar da Bahia com escolas sustentáveis, a Conferência Estadual é promovida em parceria pelas Secretarias Estaduais da Educação e do Meio Ambiente.

O secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, destacou que a presença de Antônio Alberto na mesa de abertura da conferência reflete a importância da participação das crianças e jovens na discussão sobre o meio ambiente e a preocupação da Secretaria da Educação em trabalhar junto às escolas da rede a questão da sustentabilidade e a inclusão social.

“A primeira questão a refletir quando tratamos da temática ambiental é que a escola é um patrimônio da sociedade que paga os impostos, dos estudantes que devem ser os protagonistas no cuidado com a instituição pública, e dos professores, os grandes responsáveis pela construção desse processo de aprendizagem. Ao Estado, cabe possibilitar à juventude o direito sagrado de aprender”, afirmou o secretário Osvaldo Barreto.

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Fotos: Claudionor Jr. Ascom/Educação

Protagonismo juvenil – Para a construção de uma sociedade sustentável, completou o secretário Osvaldo Barreto, tem que ser assegurado aos estudantes o desenvolvimento de sua aprendizagem com uma visão crítica. “É com esse espírito que o Governo do Estado e a Secretaria da Educação do Estado buscam a construção de espaços onde a juventude possa ser  protagonista de seu próprio futuro”.

O secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, por sua vez, ressaltou as parcerias que vêm sendo feitas entre a sua pasta e a Secretaria da Educação do Estado, dentro do desafio da transversalidade e buscando ações universalizadas. “Esses momentos de conferências são transformadores da sociedade brasileira porque não consideram apenas a temática do meio ambiente e, sim, do desenvolvimento do nosso país, considerando a geração de riqueza associada à sua distribuição de renda e a necessidade da inclusão social para a construção de um mundo mais justo e igualitário, baseado na lógica da sustentabilidade a ser construída a partir do lugar em que estamos”.

Representando o Ministério da Educação, Magna Pinto afirmou que o momento da conferência é de comemoração. “A questão ainda é um desafio enorme porque temos um processo de tradição histórica a enfrentar. Esse evento irá nos instrumentalizar para voltarmos às nossas escolas como vencedores, pois estamos preocupados com o meio ambiente e a inclusão social. Ou seja, estamos, aqui, ganhando mais consciência para cuidar da natureza e da humanidade”.

Já a representante do Ministério do Meio Ambiente, Renata Maranhão, destacou que a Bahia contribui, na conferência estadual, com 1.777 escolas, o que representa 10% da participação nacional.  “O evento significa a perspectiva de trazer para a escola a transformação do mundo. Queremos uma educação ambiental crítica que traga os estudantes para o debate”.

Bastidores do evento – O público que lotou o auditório do IAT – composto, em sua maioria, pelos estudantes que foram eleitos delegados para representar os colégios da rede estadual, além de professores, técnicos das Diretorias Regionais de Educação (Direc) e representantes da Comissão Organizadora Estadual (COE) da II Conferência Estadual Infantojuvenil pelo Meio Ambiente –, assistiu atentamente a um vídeo sobre os bastidores da construção do evento.

Enquanto as imagens foram sendo exibidas, o coordenador da Educação Ambiental e Saúde da Secretaria da Educação do Estado, Fábio Barbosa, relatou que o processo de construção da conferência estadual envolveu  escolas de 319 municípios baianos. “A Bahia é o segundo estado do país em número de conferências realizadas. Isso demonstra o quanto avançamos em políticas ambientais, com destaque para o lançamento do Programa de Educação Ambiental do Sistema Educacional (ProEase), que baliza a educação ambiental no nosso Estado para o pleno exercício da cidadania”, destacou.

O coordenador de Políticas de Juventude, Vladimir Costa Pinheiro, ressaltou o reconhecimento da Secretaria da Educação do Estado no potencial do público jovem. “O desenvolvimento da política estadual de educação tem se dado com a participação da juventude para construir um mundo mais justo e sustentável. Estão todos de parabéns”.