O Complexo Cultural dos Barris, em Salvador, está sendo palco de uma série de atividades que lembram os 50 anos do golpe de 1964 e do período que se seguiu a ele. Uma programação, organizada pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, em parceria com Secretaria da Cultura a Fundação Pedro Calmon, reúne até esta sexta-feira (4/04), exibição gratuita de vídeos, debates, feira de livros, oficinas e palestras. As atividades integram o projeto Ditadura Militar - Direito à Memória: 50 anos do Golpe de 1964.

Nesta quarta-feira (2/04), o início da programação foi marcado pela exibição dos vídeos “Duas Histórias” (2012), de Ângela Zoé, e “Damas da Liberdade” (2012), de Célia Gurgel e Joel Pimentel, na sala Alexandre Robatto. O primeiro narra a trajetória de dois militantes e suas diferentes concepções na resistência à ditadura. O segundo conta histórias da luta pela anistia narradas por mulheres do Movimento Feminino pela Anistia. Os filmes fazem parte da Mostra Marcas da Memória e foram cedidos pela Comissão da Anistia.

Na plateia, estudantes ocupavam a maioria das cadeiras. “O contato com esse tipo de informação é muito importante para conhecer a realidade desse período da história, o nosso passado e também para fazer uma comparação com o que a gente vive hoje e com a realidade estudantil. Atualmente não existe tanto engajamento como naquele tempo, principalmente na área de exatas que é o que eu estudo”, declarou o estudante de engenharia de produção civil da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Ernesto Guaraci Cardoso Vasconcelos, 22 anos.

Para a estudante Blenda Carmo de Souza, 17 anos, que se prepara para o vestibular, o evento também é uma oportunidade para ampliar os seus conhecimentos. “Essa é uma boa oportunidade para construir um conhecimento crítico e isso é importante para mim como cidadã”, revelou. A exibição dos vídeos continua nestas quinta (03/04) e sexta-feira (04/04). Confira a programação completa.