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Exposição em cartaz na Secretaria da Educação sobre o Golpe de 1964
A exposição fotográfica Imagens de uma Bahia Militarizada está aberta à visitação pública até o dia 16 de maio no térreo do edifício-sede da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, no Centro Administrativo. Após este período, a mostra assumirá um caráter itinerante, percorrendo, também, outras secretarias estaduais, shoppings e escolas da rede estadual. As escolas, da capital, interessadas em receber a exposição devem entrar em contato com o Cerimonial da Secretaria da Educação pelo e-mail cerimonial@educacao.ba.gov.br e fazer a sua solicitação.
A exposição é parte integrante do projeto Ditadura Militar Direito à Memória – 50 Anos do Golpe Militar, desenvolvido pela Secretaria da Educação, em parceria com a Secretaria de Cultura, por meio da Fundação Pedro Calmon, e também esteve presente no conjunto de ações do Projeto que acontecerem no mês de abril, no Centro Cultural dos Barris.
As imagens expostas revelam notícias, cartas, textos, fotografias e propõem ao visitante um passeio pela história recente do Brasil, com destaque da Bahia, começando pelo golpe, com os recortes dos jornais que noticiaram o fato na época, além dos protestos de rua, a atuação do movimento estudantil e as mobilizações sindicais também são destacados. Também estão entre as temáticas abordadas a censura às artes, o aumento da repressão, o cotidiano do cárcere e a violência contra os que se opuseram ao regime, comprovados nos textos censurados, nas cartas e fotografias dos presos e perseguidos políticos, como Carlos Lamarca, Iara Iavelberg e os delegados do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em 1968, entre outros momentos da vida política do país.
Percepções – O servidor público Ajurimar Simões, que, no período do Golpe Militar, tinha dez anos de idade, se recorda, ao ver a exposição, de que havia um clima de constante debate e tensão em sua cidade natal, Feira de Santana. “Toda essa história também era bem nítida em Feira de Santana. Nos colégios, tudo era bem comentado após o golpe, que foi um marco. É um momento que estava sendo apagado. É importante que as pessoas saibam hoje o que aconteceu naquela época”, destaca.
O representante Wagno Santos aproveitou a visita à Secretaria da Educação para conhecer a exposição. Ele acredita que ações como esta promovem uma melhor compreensão sobre a história e estimulam a participação dos jovens na vida política do país. “A perseguição, no passado, era forte. Não é como hoje que os estudantes têm maior liberdade. Antes, no período da ditadura, torturavam, prendiam e, mesmo assim, as pessoas não desistiam dos seus objetivos”, ressalta.
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