Festival Literário Nacional divulga programação oficial com artistas e escritores de todo país

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Manu Dias/GOVBA
De 12 a 15 de novembro, nomes locais e nacionais irão pautar as rodas, mesas e conversas sobre leitura em Salvador. Isto, por conta do I Festival Literário Nacional: Diversas Leituras e Novos Caminhos, realizado pelo Governo do Estado, no bairro de Cajazeiras. Durante os quatro dias, o público participará de uma série de discussões contemporâneas a partir de mesas temáticas construídas pela e para a juventude. A grande região de Cajazeiras é conhecida por sua extensão geográfica e alto índice populacional e foi escolhida por concentrar jovens em idade escolar.
 
Neste mesmo sentido, o “Flin” apresenta uma programação que mescla nomes que conectam várias linguagens artísticas. Na programação geral, estão confirmados os escritores Lázaro Ramos, Regina Navarro, Ryane Leão, Jarrid Arraes; cantores Luedji Luna, MV Bill e Larissa Luz, entre outros convidados.
 
Na mediação de uma das mesas sobre mulheres na literatura, a professora e pesquisadora Milena Britto, da Universidade Federal da Bahia, comenta a participação de Ryane Leão e Jarrid Arraes no Festival. “O festival traz debates muito atuais. Fico feliz de mediar uma mesa com duas autoras que escrevem a partir de seus percursos como mulheres e trazem, em suas obras, representações de machismo, racismo, homofobia e outros preconceitos, fazendo com que literatura, cidadania e política se encontrem e se projetem em aspectos estéticos antenados com o mundo contemporâneo”.
 
Também estão convidadas as slammers e cordelistas Lilia Diniz (MA), Bell Puã (PE), Kuma França; os cineastas Jamile Coelho e Rodrigo Felha; e outros artistas de diversos segmentos e regiões do país.
 
Segundo o curador Tom Correia, o Flin pretende estimular o acesso ao livro e a leitura como recursos primários para a integração e o diálogo entre artistas visuais e da escrita, cineastas, slammers, coletivos de poesia e mediadores de origem eclética do bairro de Cajazeiras, mas também de outras regiões de Salvador e do Brasil.
 
“Acreditamos que o evento vai deixar um legado positivo a médio e longo prazo. Quem sabe revelando nomes de destaque no futuro na música, literatura, quadrinhos ou no cinema. O Flin aposta nos slams, nos saraus e no grafite como formas legítimas de fazer literatura", diz Tom.
 
Infraestrutura
O evento possui diferentes espaços divididos para receber diversidade de estilos e idades desta juventude. O palco onde acontecerão as mesas temáticas e  intervenções culturais será a Tenda Cultural. No lado externo, a quadra se tornará Arena Leia e Passe Adiante, dividida no Espaço Infantil, com uma programação dedicada aos pequenos; o Espaço FPC Virtual: Diversas Leituras & Novos Caminhos, com aparatos tecnológicos  que proporcionam experiências sensoriais e o Espaço Futura, com uma programação montada pelos e para os jovens, explorando temas contemporâneos e transversais da cultura. Também será na Arena, que serão doados cerca de 1500 livros, através da campanha Leia e Passe Adiante, coordenado pela Fundação Pedro Calmon, órgão vinculado a Secretaria de Cultura (Fpc/SecultBA).
 
Zulu Araújo é diretor da FPC, instituição que coordena o evento e enxerga o Flin como um marco para Salvador por tudo o que integra e por seu deslocamento do eixo central da cidade. “Nós vamos tratar de assuntos como a questão de gênero, a questão racial, mas também sobre a literatura propriamente dita. A literatura que será o grande eixo. O livro, a leitura, a escrita, é que serão os grandes nortes que nós teremos para entender que novos caminhos são esses que tanto a sociedade brasileira busca”, disse.
 
Além dos debates
O espaço também será um momento de dar destaque ao resultado das atividades realizadas pelos jovens em parcerias firmadas durante o Pré-Festival, como a Feira de Economia Solidária, com alimentos, cosméticos e acessórios, parceria feita com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Governo da Bahia (Setre) e com o Centro de Economia Solidária (Cesol), que realizou uma série de oficinas formativas com empreendedores de Cajazeiras. Na Passarela do Livro, um corredor com livros de 16 editoras nacionais, terá a venda publicações de autores de todo o país.
 
Uma parceria com diversos setores do estado, também manterá diferentes serviços disponíveis à população de Cajazeiras durante os quatro dias de evento, com os estandes das secretarias de Administração (SAEB), com o Projeto o Pequeno Cidadão; de Meio Ambiente (SEMA), com doação de mudas; de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), com o SineMóvel; de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), com o Procon; de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI) e de Políticas para as Mulheres (SPM), com orientações sobre violências raciais e de gênero e da Defensoria Pública, com Defensoria Cidadã e da Secretaria de Saúde (SAC), através da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado da Bahia (Hemoba).
 
FLIN
Com o tema Diversas Leituras & Novos Caminhos, o Flin é projeto realizado pelo Governo do Estado da Bahia e coordenado pela Secretaria de Cultura (SecultBA), através da Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBA).  O Festival conta com a parceria das secretarias de Administração (SAEB), através da Superintendência de Atendimento ao Cidadão (SAC); de Comunicação (SECOM); de Educação (SEC); de Meio Ambiente (SEMA); de Saúde (SESAB), através da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado da Bahia (HEMOBA); de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), através do Serviço de Intermediação para o Trabalho (SINEBAHIA) e da Superintendência  dos Desportos do Estado da Bahia (SUDESB); de Políticas para as Mulheres (SPM); de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI); de Tecnologia e Ciência (SECTI); de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), através da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON) e de Turismo (SETUR),através da Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Bahiatursa), além da Defensoria Pública do Estado da Bahia; da Empresa Gáfrica da Bahia (EGBA)do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB).
 
Fonte: SECULT

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