Com foco na implementação dos novos componentes curriculares dos cursos técnicos de nível médio da rede estadual, gestores da Educação Profissional e Tecnológica iniciaram, nesta quarta-feira (25), a 6ª Formação em Competências Socioemocionais, Projeto de Vida e Mundo do Trabalho, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador. Realizada durante três dias, em uma parceria entre a Secretaria da Educação do Estado e o Instituto Aliança, a capacitação busca fundamentar e instrumentalizar os profissionais para atuarem como multiplicadores nos Centros Estaduais e Territoriais de Educação Profissional em toda a Bahia.

A rede estadual iniciou esta formação com duas escolas pilotos, em 2017, trabalhando as competências socioemocionais no currículo, e a partir deste ano, a experiência foi expandida para 100% das unidades de Educação Profissional no Estado. “A proposta é trabalhada através das disciplinas articuladoras, Projeto de Vida, Mundo do Trabalho e Projeto Experimental, visando trabalhar alguns elementos dentro do ambiente escolar, como dar atenção ao humano, mudando aquela ideia que o técnico só está se formando para apertar botão, e o entendimento é da formação de sujeitos e cidadãos”, destacou a diretora de Organização Curricular e Pedagógica da Superintendência da Educação Profissional e Tecnológica do Estado, Hanayana Brandão.

 

A coordenadora pedagógica da capacitação do Instituto Aliança, Ilma Oliveira, também falou sobre a formação. “Lidamos hoje com uma questão geracional muito grande, temos estudantes que são nativos digitais, completamente diferentes da geração dos professores. Por isso, os educadores têm que entender que geração é essa, como abordar e desenvolver este aluno de forma integral, trabalhando sua potencialidade e quebrando com paradigmas”, ressaltou.

 

Segundo a assessora pedagógica, Rosa Janaina de Queiroz, do Centro Territorial de Educação Profissional do Baixo Sul, em Gandu, as novas disciplinas estão mudando a realidade pedagógica nas escolas. “Este trabalho é no sentido de enxergar e trazer estes alunos para perceberem que nós somos um ser integrado, precisamos estar bem sócio afetivamente, do ponto de vista humano, para atuarmos dentro da comunidade e da sociedade em que vivemos”, afirmou.