Gestores e especialistas debatem desafios da Educação Básica em tempos de pandemia

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Com o tema "Perspectivas dos concluintes do Ensino Médio no contexto da pandemia", a Fundação Getúlio Vargas realizou, nesta quinta-feira (23), a 11ª edição da série de webinários intitulada “Desafios da Educação Básica em tempos de pandemia”. O objetivo da atividade foi debater com gestores públicos e especialistas soluções e alternativas para o acompanhamento e a avaliação da aprendizagem, frente o contexto de crise.
 
O secretário da Educação do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, destacou a importância de um olhar especial para os concluintes do Ensino Médio. "Todos os estudantes são importantes, mas temos que ter uma sensibilidade com este público que está na transição entre a conclusão do Ensino Médio, Ensino Superior  e o mundo do trabalho. É preciso dialogarmos sempre com as universidades, as prefeituras e as empresas, para gerarmos oportunidades e para que a escola seja atrativa. Temos a experiência dos Complexos Integrados da rede estadual, que trabalham por dentro dessa integração universidade e escola. E não podemos deixar de citar a aprovação do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), que vai impactar na educação como parte de um Sistema de Educação que, apesar de suas dificuldades, é essencial pelo seu papel de luta e resistência da população", disse.
 
Segundo o secretário da Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, o debate é fundamental para uma educação que deve ter ações  ajustadas em um curto prazo. "Mesmo as aulas voltando este ano, não teremos uma  volta ao normal e, para os estudantes do terceiro ano, temos que apresentar repostas de forma mais rápida. Em pesquisas, o jovem já mostra o interesse na mudança do Ensino Médio, como a inclusão da Educação Profissional, e, aliado a isso, queremos proporcionar um currículo mais voltado às demandas do estudante e ao acesso ao Ensino Superior", explicou.
 
Segundo o membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e titular da cátedra Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (RP-USP), Sérgio Henrique Ferreira, as estratégicas devem ser pensadas no acesso dos jovens ao Ensino Superior e mundo do trabalho. "Os anos de estudo estão ligados diretamente com a renda per capita da população e isso interfere diretamente no desenvolvimento do país. Temos que construir uma política pós Ensino Médio, porque apenas 25% dos estudantes acessam o Ensino Superior e chegam a entrar em uma faixa daqueles que nem trabalham e nem estudam", avaliou.
 
Na moderação do encontro, a superintendente de Educação e Trabalho da Fundação Itaú, Ana Inoue, ressaltou alguns temas importantes do debate. "Percebemos algumas colocações muito interessantes que precisam de uma atenção, como a diferença entre aula e aprendizagem; o acesso à internet de forma mais ampla; políticas para o pós-Médio; e questões específicas para cada região, bem como um ponto que todos trataram, que é a Educação Profissional em articulação com o Ensino Médio", relatou.
 
Ainda estiveram presentes ao encontro o superintendente Executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, e a  estudante Nalanda Pereira, do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG).
 

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