I Simpósio Baiano do Conselho de Educação firma diálogo permanente com a sociedade baiana

Nesta segunda-feira, 6 de dezembro, foi dado o início ao I Simpósio Baiano do Conselho de Educação e a Sociedade, realizado pelo Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA), no Fiesta Convention Center. O evento, que terminou nesta terça-feira, 7, contou com participação da comunidade escolar, em uma programação híbrida, que uniu a teoria e prática, na construção de um diálogo permanente com a sociedade.
 
A Minuta do Projeto de Lei do Sistema de Educação do Estado da Bahia foi o tema principal do evento, com o debate realizado com a participação da representante da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), Gilvânia Nascimento, do conselheiro João Danilo e do presidente Paulo Gabriel, sob a mediação do subsecretário Danilo Souza. No momento, Gilvânia representou, também, a conselheira Dinalva Melo. Ambas foram as responsáveis pela apresentação da minuta do projeto de lei complementar. “O governo do estado está saindo na frente, em relação à organização da Educação, no ponto de vista de melhorar a rede pública. É muito importante fazer a aproximação entre Conselho e a Sociedade”, disse a professora Gilvânia. O documento trata sobre a construção de um sistema de educação do estado, afim de superar desigualdades e dificuldades na educação da Bahia.
 
“A aproximação do Conselho com os NTEs e as instituições de ensino é fundamental para que tenhamos, de fato, a constituição de um sistema de educação que seja plural e democrático, que garanta o entendimento de todas as entidades e as especificidades da educação em toda Bahia”, disse a diretora do NTE-15/Bacia do Jacuípe, a professora Nívea Araújo, ao ressaltar a importância do evento para os NTEs.
 
Para o presidente do CEE-BA, Paulo Gabriel Nacif, o conselho sai fortalecido com os resultados desse evento, que, na ocasião, aproveitou para lançar o livro “Anísio Teixeira: Movimento, Experiência e Legado Político-educacional”, publicado pelo Conselho Estadual de Educação da Bahia.
 
Abertura
 
O presidente do CEE-BA, Paulo Gabriel Nacif, abriu os trabalhos reforçando o pensamento do educador Paulo Freire, no ano de seu centenário. “Precisamos abrir a escola para a sociedade e isso significa adotar uma postura ‘paulofreiriana’ nesta trajetória”. Ele também ressaltou o empenho de cada conselheiro e conselheira deste órgão, pelo “impressionante espírito público”. Participaram desta Mesa, o subsecretário da Educação da Bahia, Danilo Souza; a deputada estadual Olívia Santana; o promotor de justiça do Ministério Público da Bahia (CEEDUC/MPBA), Adalvo Nunes, o secretário de Educação do Município de Gandú, Wendell Leite e o conselheiro e vice-coordenador do FEEBA, João Danilo Oliveira, representando a coordenadora Alessandra Assis.
 
A deputada Olívia destacou como a pandemia da Covid-19 “aprofundou o quadro” das escolas públicas do estado, e que a realização deste Simpósio “é muito importante para a reparação social do estado” em nome da “ideia de educação libertadora”. O subsecretário Danilo ressaltou a necessidade de olhar para o futuro. “Estamos discutindo o futuro do cidadão baiano, abrindo espaços para a sociedade, afim de fomentar políticas públicas”.
 
O promotor Adalvo agradeceu o convite e frisou a necessidade de diálogo entre as diferentes instâncias baianas. O professor Wendell, também representando a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime/BA), reforçou o papel do CEE-BA para “construir a educação baiana em tempos de inquietações”.
 
Sobre essa união entre a sociedade e o Conselho, o conselheiro João Danilo foi categórico: “é muito importante estarmos aqui para buscar respostas. Aqui, damos mais um passo na construção desta discussão”.
 
Conferência Magna
 
O primeiro dia do I Simpósio Baiano do CEE-BA teve a participação do ex-ministro de Educação, o professor Henrique Paim. Ele realizou uma Conferência Magna sobre o assunto principal do evento: Sistema de Educação. “É fundamental que tenhamos um Regime de Colaboração cada vez menos desigual na educação brasileira”.
 
Paim é referência em assuntos sobre qualidade da aprendizagem, formação de professores e avaliação. Ele é professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape) e diretor do Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais (DGPE), ambos da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A participação dele foi uma das atividades híbridas realizadas pelo Simpósio, por meio de videoconferência.
 
Workshops
 
Nos dois dias do evento, o CEE-BA realizou momentos de aplicações práticas e de interação com os participantes de forma presencial e virtual, abordando temas que envolvem a Educação e a Sociedade.
 
Os workshops da segunda-feira foram: Educação do Campo e Pedagogia da Alternância, ministrado pelos conselheiros Tiago Pereira e Marcelo Rocha; A Inclusão e Diversidade na Educação Baiana, pelo presidente Paulo Gabriel e o conselheiro Ronaldo Barros; e O SEI Bahia e as Orientações Processuais aos NTES, pela equipe gestora do CEE-BA, o diretor Ádramo Costa e assessora e coordenadora de comunicação Amanda Almeida.
 
Para a servidora Jane Cleide do NTE-14/Itaberaba, as oficinas estavam voltadas para “a nossa realidade e abrangeu as necessidades dos servidores que estão nos Núcleos, da parte pedagógica ou operacional. Eu, que sou novata no NTE, aprendi bastante com as orientações para o momento de inauguração dos processos, de acordo com as resoluções do Conselho e com a parte operacional do SEI”.
 
Os workshops desta terça-feira foram: Planejamento como Instrumento de Gestão, ministrado pelo conselheiro Luiz Paulo Neiva; Busca Ativa e Acolhida no Retorno às Aulas Presenciais, pelas conselheiras Marilene Betros e Gelcivânia Mota; e Classificação e Reclassificação como Prerrogativa das Instituições, pelas conselheiras Eni Bastos e Cristina Andrade. Para a diretora do NTE-18/Alagoinhas, Rita Bastos, é importante saber “organizar e sonhar com uma educação de qualidade, através de um bom planejamento. E o Conselho e a Secretaria da Educação estão juntos para fortalecer a educação da Bahia”.
 
 
Fonte: Núcleo de Comunicação e Modernização - NCM

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