Projeto e-Nova Educação alia tecnologia e inovação para fortalecer o eixo pedagógico das escolas

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Conteúdo pedagógico associado às tecnologias digitais. O projeto e-Nova Educação, lançado pelo governador Rui Costa e o secretário Walter Pinheiro, na manhã desta quarta-feira (4), no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador, está levando tecnologias digitais para a sala de aula, integrando acesso a internet de alta velocidade com os dispositivos móveis, dentro da proposta de propiciar a contextualização da Educação no século XXI. A inovação beneficia alunos e professores e é fruto de uma parceria do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação, com o Google for Education.
 
“Eu quero agradecer ao Google, assim como eu tenho feito com todas as instituições e empresas privadas que têm aceitado o convite do Governo da Bahia para fazer parceria para a educação. O nosso objetivo é mexer com a juventude, oferecer novas ferramentas para instigar os jovens, por meio da tecnologia, a aguçar o interesse pelo conhecimento. Com o e-Nova, damos asas à criatividade, seja para o aluno aprender o conteúdo tradicional, seja para a criação”, afirmou Rui. Ainda durante o discurso, o governador destacou o trabalho desenvolvido pelo Governo na área da educação em todo o estado. “Queremos dar saltos ainda mais expressivos na qualidade e no resultado do ensino na Bahia. A educação é um grande instrumento de transformação da vida humana”, ressaltou. 
 
O secretário da Educação, Walter Pinheiro, falou que a tecnologia vem como uma ferramenta para fortalecer o eixo pedagógico das escolas. “O princípio disto aqui não é uma regra geral para as 1300 escolas, pois o êxito central é o pedagógico e, o tecnológico, é o auxiliar. O fruto desta parceria é a plataforma, a forma como você se interliga, acessa e pratica, mas o conteúdo é, inclusive, de baianos e baianas. No ano passado nós lançamos a nossa plataforma de conteúdo com 6.580 conteúdos e, agora, por exemplo, estamos vendo várias escolas que têm experiências que são gestadas a partir da criatividade, do envolvimento e, principalmente, da inter-relação e essa parceria é para permitir isso. Essa será, inclusive, a maior parceria do Google com uma rede pública no mundo, para a gente cada vez mais melhorar as condições, principalmente, para um Educar para Transformar”.
 
Em fase piloto, desde 2017, o projeto fez parte do dia-a-dia de estudantes e professores de 20 escolas de Ensino Médio de 11 municípios baianos – Salvador, Feira de Santana, Mata de São João, Camaçari, Lauro de Freitas, Jequié, Vitória da Conquista, Ilhéus, Itabuna, Senhor do Bonfim e Luís Eduardo Magalhães, nas mais variadas modalidades de ensino. Até o mês de julho, a meta é chegar a 536 unidades escolares. O conteúdo, aplicado de forma diversa, é acessado através de chromebooks, aparelho semelhante a um notebook, criado pelo Google, que funciona totalmente baseado na web.
 
O Governo do Estado já adquiriu 14 mil unidades de chromebooks para distribuir nas escolas e, durante o ato, representantes de professores e de estudantes do Centro Estadual de Educação Profissional Álvaro Melo Vieira (CEEP), localizado em Ilhéus, e do Colégio Estadual Rafael Oliveira, de Salvador, receberam alguns chromebooks representando, desta forma, todas as escolas beneficiadas. Estudantes e professores também fizeram demonstrações do uso dos chromebooks.
 
O evento contou com as participações do diretor internacional do Google for Education, Bran Bout, dos diretores para a América Latina, Rodrigo Pimentel e para o Brasil, Alexandre Campos Silva. Segundo Bran Bout, a parceria veio para mudar a forma de interação entre estudantes e educadores através do uso da tecnologia. “Estou muito emocionado de fazer parte disso e a tecnologia que estramos trazendo significa colaboração, ou seja, é trabalhar a comunicação em conjunto, pois os professores estão nos ajudando a fazer da sala de aula um lugar melhor e mais colaborativo. Esta plataforma dá ao professor uma quantidade diferente de ferramentas que permitem que ele conduza a sala de um jeito diferente, por exemplo, um grupo de estudantes pode colaborar em uma mesma atividade, pois a tecnologia permite que todos trabalhem ao mesmo tempo em um único documento”, explicou.
 
Escola contextualizada - De acordo com o coordenador-geral de Articulação de Projetos para a Educação, da Secretaria da Educação do Estado, Rogério Quintella, o e-Nova Educação funciona levando para a escola aquilo que é a realidade do Século XXI. “Todos os grandes pedagogos sempre deixaram muito claro que, quanto mais contextualizada for a educação na vida do estudante, mais eficiente ela será. Então, o que a gente está fazendo é trazer aquilo que já é o contexto da vida dos alunos, e que eles já têm muita facilidade, que é a tecnologia, para dentro da sala de aula. A aplicação é muito prática, muito imediata e a gente entende que isso vai trazer resultados positivos a curto e médio prazo para os processos de ensino e aprendizado”, explicou Quintella.
 
Livro virtual - Entre os projetos apresentados no lançamento do e-Nova estava o livro virtual ‘Bahia, Brasil: identidade, trabalho e inovação’. A obra virtual, que possui ferramentas de acessibilidade, tem o objetivo de apoiar e motivar os professores a desenvolverem uma pedagogia baseada na realidade dos Territórios de Identidade da Bahia, seguindo a ideia da sala de aula contextualizada no século XXI.
 
O diretor Ivan Pedreira, do Colégio Estadual Vitor Soares, localizado no bairro da Ribeira, em Salvador, destacou a importância do livro para unidades que atendem alunos com deficiência. “Vai ser uma ferramenta de inovação para a Educação do Estado e proporcionando aos nossos alunos maior acessibilidade. Temos 70% de alunos com alguma deficiência, seja ela física, cognitiva ou intelectual, e esse livro em particular vem traduzir uma necessidade encontrada para pessoas com baixa ou nenhuma visão, que ficavam excluídas do processo porque precisava de um tradutor e transcritor. Essa obra vem alavancar e inserir essas pessoas que estavam fora de um contexto, fortalecendo e incluindo no mundo globalizado da educação”, destacou.
 
O professor de Língua Portuguesa, Josevan Fernandes, que tem deficiência visual e trabalha na Sala Multifuncional, do Colégio Estadual Vitor Soares, falou sobre suas impressões sobre a obra. “O desenvolvimento operacional da voz e descrição das imagens são muito bem feitos. A leitura virtual está muito boa e parabenizo aos produtores do livro pelo resultado. Apenas sugiro que haja uma forma mais simples para chegarmos mais fácil ao livro quando estamos no sistema operacional, isso daria total independência para os usuários que precisam acessar os livros”, disse.
 
 
 
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