Qualidade da alimentação na rede estadual é referência para Programa Mundial de Alimentos

A alimentação escolar ofertada pelas unidades da rede estadual de ensino foi o tema de encontro realizado, nesta terça-feira (3/3), entre o secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, e o diretor do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Daniel Balaban, na sede da Secretaria, no Centro Administrativo (CAB).
 
Fotos: Geraldo Carvalho Ascom/Educação
Nos últimos anos, 16 delegações de países africanos vieram à Bahia para conhecer o modelo aplicado na rede e uma das perspectivas da PMA é estreitar as relações com vistas a cooperações internacionais. A reunião também contou com as presenças do secretário de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, e do Secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Geraldo Reis.
 
“É muito bom ter este retorno do dirigente maior do PMA sobre a contribuição das experiências, não só da alimentação escolar, mas também, de outras áreas sociais da Bahia para os países africanos. A cooperação técnica entre países é muito importante. Ela tem um valor simbólico muito grande porque cria laços com os povos africanos, e estamos contribuindo para a ampliação desses laços”, destacou o secretário Osvaldo Barreto.
 
Daniel Balaban destacou que muitos países africanos já adotaram a experiência de alimentação escolar, assim como as ações na área de segurança alimentar e nutricional e de agricultura familiar implementadas pelo Estado da Bahia. “A idéia é que eles possam ver a experiência da Bahia e possam se inspirar e criar suas próprias experiências. Vários países do mundo já estão montando programas sociais baseados naquilo que viram quando chegaram à Bahia”.
 
Fortalecimento da Agricultura Familiar – Uma das prioridades para 2015 é a ampliação do investimento dos produtos provenientes da agricultura familiar na alimentação escolar. “Não há forma melhor de dinamizar a economia local tendo compras públicas garantidas, por meio das escolas. Esse é o desafio que o governador Rui Costa colocou para todos nós, fazer uma articulação forte com as escolas e diretorias, garantir logística, para que possamos elevar os números do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) na Bahia”, declarou o secretário Jerônimo Rodrigues.
 
A Secretaria da Educação já adquire, no mínimo, 30% dos gêneros alimentícios das escolas por meio da agricultura familiar, conforme a Lei nº 11.947/2009, beneficiando as famílias que vivem dessa atividade. A parceria com associações, cooperativas e pequenos produtores permite a aquisição de um mix de alimentos que leva em consideração as características agrícolas de cada região. E a reunião entre alimentação escolar e agricultura familiar garante dois pilares importantes: a qualidade dos alimentos que estarão na mesa do estudante e o desenvolvimento local sustentável.

Notícias Relacionadas