A Rede Estadual de Educação Profissional terá um novo curso técnico de nível médio, baseado na experiência da Escola de Formação Gerencial (EFG), que alia formação técnica ao conhecimento empreendedor e cidadão. As bases para a oferta do curso, do Eixo Tecnológico em Gestão e Negócios, estão sendo discutidas entre a Secretaria da Educação do Estado da Bahia e técnicos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) de Minas Gerais, idealizador da EFG.

A equipe do SEBRAE/MG está em Salvador e, nesta quinta-feira (23), realizou uma visita técnica no Centro Estadual de Educação Profissional da Bahia, localizado em Água de Meninos, unidade onde o curso deverá ser oferecido como projeto piloto. O gerente de Sistema de Informação Gerencial do SEBRAE-MG, Ricardo Pereira, explica o diferencial deste curso em Administração. “Já temos 12 escolas espalhadas pelo Brasil que focam no lado da formação do cidadão empreendedor. O que isso significa? Se amanhã o aluno quiser ser um médico, político, advogado ou seguir qualquer profissão, ele vai estar com um olhar mais empreendedor em termos de desenvolvimento, cooperação e resultados,” pontua.

Ricardo Pereira conta detalhes sobre a metodologia aplicada em Minas Gerais e que já formou mais de 12 mil estudantes. “A ideia é que adotemos na Bahia essa metodologia que é formatada e direcionada para o aluno da escola pública. A gente percebe que vários ex-alunos são empresários e muitos estão no mercado de trabalho, além daqueles que assumem cargos de liderança. Então, o curso traz uma série de itens e conhecimentos que fazem o aluno, por exemplo, entender como funciona uma startup ou como ele pode mudar a comunidade em que vive”, afirma.

Já a coordenadora de currículos e projetos, Enimara Lins, da Superintendência da Educação Profissional e Tecnológica, fala sobre esta fase de alinhamento das ações. “Essa visita do SEBRAE, que segue até esta sexta-feira, serve para alinharmos a questão pedagógica e estrutural para a implantação do projeto EFG com os alunos do CEEP. Então, juntamente com os profissionais do SEBRAE estamos analisando o que precisa ser viabilizado na estrutura física, assim como, no plano de cursos, nos ajustes ao projeto políticos pedagógicos e na formação de professores”, destaca.