Discutir a concepção e os resultados do projeto Ciência na Escola, desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, foi o objetivo da palestra Ciência na Escola – Ensino Médio: construindo uma proposta de formação para a pesquisa na educação básica, promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e pela Associação de Ciências da Bahia nesta quarta-feira (9/7). O encontro, que aconteceu na sede da Fapesb, na Federação, reuniu professores, estudantes de licenciatura e interessados em educação científica.

O evento permitiu, além da exposição do programa, a troca de informação entre especialistas da área de educação científica. “A reunião possibilitou uma socialização dos resultados do programa com a academia, e também abriu espaço para a contribuição dos ouvintes, que, com suas ponderações, nos ajudam a perceber o que podemos acrescentar ao programa”, explica a coordenadora geral do Ciência na Escola, Shirley Costa.

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Fotos: Claudionor Jr. Ascom/Educação

O projeto é desenvolvido no intuito de fortalecer o aprendizado do estudante e a formação do professor em sala de aula. “Trabalhamos com a concepção de que não adianta formar o professor se ele não é capaz de estimular o estudante. Esse programa impacta profundamente no aprendizado dos alunos, fornecendo as ferramentas para que eles possam utilizar a ciência para compreender o mundo”, declarou a diretora geral do Instituto Anísio Teixeira (IAT), Irene Cazorla.

De acordo com Shirley Costa, além de ser uma iniciativa de formação científica, o programa contribui para a valorização do professor e está atrelado ao Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. “A partir do programa, cada professor se torna um pesquisador aproveitando o trabalho que ele já faz em sala de aula. Isso foi algo inovador. O projeto tomou vida própria e, hoje, suas ideias foram agregadas à proposta do Pacto pelo Ensino Médio”.  

Programa – O programa trabalha em duas perspectivas: a pesquisa estudantil de natureza interdisciplinar sobre questões socioambientais e sociocientíficas no entorno da escola e a pesquisa docente sobre o engajamento comportamental e cognitivo dos estudantes.

Um dos destaques do projeto é a Feira de Ciências da Bahia, realizada anualmente. Só em 2013, na sua terceira edição, a Feira de Ciências apresentou 166 trabalhos selecionados, entre 420 desenvolvidos, em 580 escolas da rede estadual.  As experiências foram expostas, em novembro, durante o 2º Encontro Estudantil Todos pela Escola – ciência, arte, esporte e cultura.