SEC marca comemoração pela Independência do Brasil com debate sobre lutas populares

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Com a live “Cantos de liberdade – se gritaram independência, gritaremos igualdade”, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) marcou, nesta terça-feira (8), as comemorações pela Independência do Brasil, celebrada no dia 7 de setembro (segunda-feira). No encontro virtual - realizado em consonância com o 26° Grito dos Excluídos 2020, cujo lema foi “Contra a miséria e o preconceito” -, os participantes  discutiram a importância da lutas populares pela igualdade e do reconhecimento da identidade brasileira.
 
O secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, falou da simbologia da data como espaço de debate para a educação. "É importante discutirmos o momento como uma reflexão da luta e da resistência do povo que segue com o passar dos anos. É vermos o Dia da Independência com uma visão de liberdade, não apenas política, mas comportamental, de cultura e autonomia".
 
Para o professor de História, Carlos Barros, é preciso ressignificar a data. "Ao contrário do 2 de Julho, que teve um clamor popular, a Independência teve uma representatividade predominantemente da elite, que acabou se tornando um conceito mistificado. Mas é preciso o reconhecimento e a valorização de grande parte da população brasileira, como a lei que instituiu o ensino da cultura afro-brasileira nas escolas, em 2003, e que foi ampliada para o povo indígena, em 2008", ressaltou.
 
O compositor e cantor Lazzo Matumbi destacou a resistência vinda da arte e da cultura para ampliar a participação social das populações negras. "Precisamos reconstruir o país.  Com uma formação étnica que possui três pilares - indígena, europeia e africana -, vemos o ideal eurocentrista predominando. A nossa luta não é apenas na arte, mas queremos chegar em todas as posições sociais, como gestores e dirigentes deste país", afirmou.
 
Segundo Lucinéia Durães, da direção nacional do Movimento do Sem Terra (MST), o trabalho coletivo mostra a força de luta do povo do campo. "Para as mulheres e homens do campo, independência é pode viver dignamente no campo. É sermos resistência e mostramos, no extremo sul baiano, que  podemos  criar um desenvolvimento sustentável e uma educação pública de qualidade com 158 escolas e 15 mil estudantes", disse.
 
Mediada por Bruna Menezes, representante da Coordenação de Políticas para a Juventude da SEC, o encontro ainda contou com a participação da estudante Carla Beatriz Souza, do Centro Educacional de Seabra, declamando o poema “Elogio da dialética”, de Bertold Brecht, além da exibição dos vídeos de Ana Barroso cantando o Hino da Bahia e a apresentação da fanfarra escolar do Colégio Estadual Manoel Novaes.

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