Professores da rede estadual e representantes dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE) estão participando do IV Fórum de Educação Ambiental Crítica (FEAC), que começou nesta quinta-feira (29), na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Na oportunidade, serão apresentados os princípios, as diretrizes e as linhas de ação da Educação Ambiental da Secretaria da Educação do Estado, levando em consideração as especificidades dos 27 Territórios de Identidade da Bahia. O fórum, que prossegue até sábado (1º), conta com a presença de educadores, estudantes, pesquisadores, técnicos e analistas da área ambiental e educacional.

 

O professor Idalécio Santos, do Colégio Estadual Marquez de Abrantes, ligado ao NTE 18 (Alagoinhas), presente no encontro, destacou a importância da participação dos educadores da rede estadual no Fórum de Educação Ambiental Crítica. “Este encontro é importante para o protagonismo da Educação Ambiental no ensino formal, promovendo a sua inserção qualificada no currículo escolar, no planejamento em sala de aula. É também um momento de ressignificar a Educação Ambiental na Bahia no sentido de enraizá-la ainda mais nas nossas escolas, sensibilizando os nossos estudantes para que sejam cada vez mais protagonistas desse processo”.

 

Também participando do fórum, o coordenador da Educação Básica do NTE 3 (Seabra), Giliardes Almeida, destacou que o evento, para os educadores baianos, vem agregar as ações desenvolvidas  na rede estadual. “Temos que trabalhar a Educação Ambiental a partir dos aspectos sociais e políticos, com a preocupação dos recursos hídricos do meio ambiente, discutindo com profundidade questões voltadas à transformação, através dos estudantes, para que possamos ter um futuro melhor. Minha expectativa é que saíamos deste fórum com o máximo de proposições para levarmos para o nosso NTE e para as escolas da Chapada Diamantina, uma região onde os aspectos socioambientais são fortes”.

 

Responsável pelos projetos de meio ambiente no NTE 4 (Vitória da Conquista), Ana Marinho acredita que o fórum está sendo uma oportunidade de troca de experiências, de saberes e de conhecimentos. “As discussões e informações que estamos tendo aqui vão contribuir para intensificar o nosso trabalho nas escolas, destacando o posicionamento crítico em relação à Educação Ambiental”.

 

Roda de conversa – Na roda de conversa que protagonizará nesta sexta-feira (30), o coordenador de Educação Ambiental e Saúde da Secretaria da Educação, Fábio Barbosa, falará das ações na rede estadual de ensino e a contextualização com os Territórios de Identidade. “Não adianta apenas levar em conta os aspectos globais, sem considerar as necessidades locais. Esta é a premissa da política estadual de Educação Ambiental, que será o mote do nosso bate-papo. Temos como ponto de partida o planejamento pedagógico 2019 para uma Educação Ambiental na perspectiva crítica, transformadora e emancipatória, considerando como base a Resolução nº 11 do Conselho Estadual de Educação e o Programa de Educação Ambiental do Sistema Educacional (PROEASE), que é o documento balizador das atividades pedagógicas que são realizadas nas escolas estaduais”, explicou o gestor.

 

Sobre o fórum – A quarta edição do Fórum de Educação Ambiental Crítica tem como objetivos aprofundar as discussões sobre o materialismo histórico-dialético, com ênfase nos seus elementos ontológicos, epistemológicos e metodológicos e discutir os princípios político-pedagógicos e filosóficos da Pedagogia Histórico-Crítica, no sentido de ampliar as discussões sobre a inserção da Educação Ambiental Crítica no currículo e na prática escolar. O evento visa, também, debater a respeito da relevância histórica contemporânea da proposta de uma educação tendo como princípios fundamentais a emancipação da formação humana integral. 

 

O presidente da comissão organizadora do fórum, Magno Peneluc, falou sobre a importância da participação dos professores da Educação Básica. “O fórum congrega grupos de pesquisas de todo o país, que trazem uma leitura crítica da relação seres humanos x natureza, destacando como a humanidade vem degradando o meio ambiente e como nós, educadores, temos um papel importante na mediação em sala de aula desta importante temática”.