Secretaria da Educação do Estado realiza live em alusão ao "Julho das pretas"

Palavras-chave:
A Secretaria da Educação do Estado (SEC) promoveu a roda de conversa “Julho das pretas”, nesta quarta-feira (28), com o tema “Mulher preta, mãe solteira”. A live, transmitida pelo canal da Educação no Youtube, foi comemorativa ao 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, data que marca a afirmação, luta e resistência da mulher negra. A atividade contou as participações da secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis; e da professora da rede estadual, Deyse Luciano, que ministrou palestra sobre a temática.
 
 
Manuelita Brito ressaltou que o encontro teve como objetivo debater o papel da mulher preta diante da estrutura do racismo, fomentando a reflexão na rede estadual sobre a sua importância na dinâmica familiar e na estrutura social e educacional dos seus pares. “Este encontro virtual tratou de um tema importante e que está no bojo de uma pauta igualmente importante para a SEC, que é a educação para as relações étnica-raciais. É uma pauta cada vez mais importante, porque o cenário da pandemia trouxe um contexto particularmente desafiador e urgente, especialmente para as mulheres negras”.
 
A secretária Fabya Reis falou sobre a importância do encontro, no atual cenário social. “A SEC é uma parceira estratégica neste contexto de enfrentamento do racismo estrutural. Este é um tema muito relevante, e é importante que todos entendam a transversalidade desta ação que o Governo da Bahia realiza, através do nosso governador Rui Costa, com a orientação a todos os secretários e secretárias de estarmos, cada vez mais, desafiados a fortalecer o calendário das agendas públicas de Estado, por meio da Lei nº 12. 987/2014”.
 
Doutora em Educação e Contemporaneidade, a professora da Educação Básica da rede estadual, Dayse Luciano ressaltou que o tema “Mulher preta, mãe solteira”, deve estar presente para além dos nossos limites nacionais. “Como pensar esse universo feminino no século XXI? Estamos vivendo um momento de muitas dificuldades, por conta da pandemia, com situações ainda muito mais complexas, especialmente para os grupos menos favoráveis. Não consigo refletir a condição dessa mulher hoje sem me reportar à questão histórica que remota à estruturação racista e que vai colocar essa mulher em uma realidade que a colocou invisível na construção da história do Brasil".
 
Julho das mulheres negras – O 25 de julho como Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha foi instituído em 1992, a partir de um encontro na República Dominicana, que agregou mulheres de diversas partes do mundo e colocou na ordem do dia os debates sobre igualdade racial e de gênero e enfrentamento à violência contra a mulher negra. No Brasil, através de lei federal de 2014, foi criado o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, em alusão à líder quilombola que viveu durante o século 18, considerada a rainha do seu quilombo, no Estado do Mato Grosso.

Notícias Relacionadas