Secretaria encerra programação do setembro amarelo dialogando sobre saúde do trabalhador

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Nesta quinta-feira (30), a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), por meio da Superintendência de Recursos Humanos (SUDEPE), promoveu a live “Roda de Conversa – Saúde do Trabalhador”, encerrando a programação de atividades do Setembro Amarelo, tendo como foco o diálogo sobre a saúde do trabalhador e a prevenção do suicídio. A transmissão foi realizada no canal do Instituto Anísio Teixeira (IAT) no Youtube com palestra das médicas do trabalho, Dra. Suerda Souza e Eliane Cardoso, que atuam na Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador (DIVAST)/ Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (CESAT) da Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB). 
 
Participaram também da live, a superintendente de Recursos Humanos da SEC, Rosário Muricy, o diretor de Inovação e Tecnologia do IAT, Iuri Rubim, o diretor de Atenção Básica da SESAB, José Cristiano Soster, o representante do Fórum Pensar Saúde, Marcos Antônio Sampaio, a diretora de Gestão do Cuidado da SESAB, Liliane Mascarenhas Silveira e José Santana representando a Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS).
 
Reforçando a importância de colocar o assunto em pauta, bem como de fazer o acolhimento, a superintendente da SUDEPE, Rosário Muricy, trouxe novidades a respeito da ação. “Nestes últimos três anos a Bahia tem feito uma campanha em conjunto da Secretaria da Educação com a Secretaria da Saúde. E neste ano, as secretarias assinaram uma carta de intenção para criação de um comitê permanente para cuidar deste tema”, contou. Neste sentido, o diretor da SESAB/ DAB, José Cristiano Soster, afirmou: “A gente vai tornar isso uma ação permanente, é isso que viemos pactuando, que buscamos estruturar como política pública. Temos visto, mais do que nunca, que precisamos retomar a pauta de valorização da vida”. 
 
 
Para dialogar sobre o tema, as convidadas trouxeram dados sobre a saúde mental e o trabalho, abordando problemas enfrentados pelos trabalhadores na pandemia. “O home office que era algo que poderia parecer tranquilo, uma relação melhor com o lidar com o trabalho, infelizmente trazem dificuldades. O limite entre o tempo de trabalho e o tempo privado perderam a nitidez, causando aumento de estresse e risco para a saúde mental”, sinalizou a médica Eliane Sales. 
 
Em sua apresentação, Dra Suerda Souza, mencionou o estímulo à competitividade, o assédio moral e as condições precárias de trabalho como fatores que criam um ambiente nocivo, capaz de interferir na saúde mental e física do trabalhador. “O que vemos são trabalhadores sobrecarregados, sem capacidade de intervir no seu fazer, sem possibilidade de criar e adaptar, tentando cumprir a exigência de metas, sem falar na forma de controlar o trabalhador que é invasiva. Somando isso, temos um ambiente de trabalho com muitos riscos de adoecimento”, enfatizou.
 
O médico sanitarista da FESF-SUS, José Santana, destacou que o suicídio é sempre um drama muito grande para as famílias. “Este é um problema social, e do ponto de vista social, é causado pela rápida mudança que temos tido no mundo em todas as relações, afetando a relação na comunidade e com familiares. É preciso pensar em políticas públicas para tratar do problema, para além de acolher os indivíduos”, salientou. 
 
Ao todo, na programação do Setembro Amarelo, que integra o Programa de Atenção à Saúde e Valorização do Professor, foram realizadas foram sete lives, que tiveram como temas a segurança, alegria de viver, a valorização e cuidado com a vida.

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