Secretaria lança projeto Ditadura Militar direito à memória: 50 anos do golpe militar de 1964

Levar ao espaço escolar a memória da resistência à ditadura militar (1964-1985) no Brasil, assegurando ao estudante do ensino médio o direito à memória e ao conhecimento deste período da história. Este é o objetivo do projeto Ditadura Militar Direito à Memória: 50 anos do golpe militar de 1964, que a Secretaria da Educação do Estado da Bahia lança, nesta segunda-feira (22/07), às 14h, no auditório da instituição (Centro Administrativo da Bahia).

O evento vai socializar, para o conjunto dos servidores da Secretaria, as diversas ações previstas no projeto, como palestras, projeção de filmes, mostra de vídeos produzidos pelos estudantes, bate-papo com ex-presos políticos, familiares de desaparecidos e autores baianos de livros sobre a temática. Todas as ações vão acontecer até abril de 2014.

Para subsidiar estudantes e docentes, o Portal da Educação já disponibiliza um conjunto de conteúdos, incluindo bibliografias especializadas, biblioteca virtual, artigos, banco de questões do Enem e de vestibulares estaduais e federais, filmes e documentários, músicas, vídeos pedagógicos e galeria de fotos do período da ditadura militar. Acesse aqui>>

“A história da resistência à ditadura é um tema pouco discutido em sala de aula. Pesquisas revelam que é significativo o número de estudantes, tanto da rede pública como da privada, que concluem o ensino médio sem ter conhecimento da história recente do Brasil, especialmente sobre a ditadura militar. A Secretaria da Educação do Estado decidiu construir um projeto na rede, visando chamar a atenção para a história desse período, caminhando junto com a Comissão Nacional da Verdade”, afirma a professora de história e assessora do gabinete da Secretaria da Educação, Tânia Miranda.

Durante o lançamento do projeto, o chefe de gabinete da Secretaria da Educação, Paulo Pontes, ex-preso político, fará um depoimento sobre o tema Ser preso: as reivindicações da época, a vida na prisão. A pedagoga e técnica da Secretaria da Educação, Suzana Martins, também fará um depoimento sobre Ser irmã de um preso político: formas de tratamento na rua, na escola e nos locais de prisão. No encerramento do evento, a antológica canção Pra não dizer que não falei das flores será interpretada coletivamente.

Mostra de vídeos – De acordo com Tânia Miranda, a ideia é que estudantes e professores sejam os protagonistas das ações que serão realizadas, incluindo a produção de vídeos em sala de aula e outros espaços, que serão exibidos na mostra agendada para os dias 2, 3 e 4 de abril de 2014. Estudantes e docentes podem apresentar vídeos de produções artístico-literárias, incluindo peças teatrais, textos, música, poesia, pintura, desenho, charges e cordel. Os critérios para seleção passam pela adequação linguística, conteúdo compatível ao tema proposto, correção gramatical, criatividade, estilo, estrutura textual, vocabulário e qualidade literária.

Outro registro em vídeo permitido refere-se à visitação em espaços públicos que foram utilizados como centro de prisão e de tortura. A outra modalidade de vídeo consiste na gravação de depoimentos e entrevistas com ex-presos políticos e familiares. Em ambas, serão avaliadas a qualidade artística, fílmica e visual da proposta, além da originalidade e pertinência da temática.

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