Secretário Estadual de Educação rebate críticas de Neto sobre o Odorico Tavares

“Para o Governo do Estado, é estranho essa postura da prefeitura de Salvador. Porque estamos em diálogo com todos os municípios, até mesmo da capital, discutindo a melhor forma de atender o estudante baiano em todas as ofertas de ensino, da Creche ao Ensino Médio”. Foi dessa forma que o secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues, respondeu nesta sexta-feira (17) às críticas de ACM Neto sobre o fechamento do Colégio Odorico Tavares. “Até mesmo em relação ao Ensino Fundamental, no qual as prefeituras têm a responsabilidade de atender, de acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), temos tido participação importante. Por exemplo, no caso de Salvador, do total de 134.258 estudantes do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, o Governo atende 57,7% das vagas”, explica.
 
Outro aspecto abordado pelo secretário Jerônimo Rodrigues foi a reorganização das escolas. “Qualquer gestor sabe que os estudos de reorganização, seja em qualquer área, são realizados de forma contínua para que possamos atender a população da melhor forma possível. Na educação não é diferente. Precisamos avaliar onde construir mais escolas e como direcionar os estudantes em regiões que há pouca procura. E no caso do Odorico, que tem capacidade para mais de 3.600 alunos, tínhamos 360 matriculados e apenas 176 estudantes frequentando. E o prefeito conhece essa estratégia, porque em seus dois mandatos, em Salvador, o reordenamento extinguiu 30 unidades escolares, e nem por isso dissemos que há desvalorização na Educação. Mesmo porque estamos tendo um diálogo constante com o secretário municipal de educação, Bruno Barral, que demonstra estar aberto ao regime de colaboração entre os governos estadual e municipal”, afirma.
 
Ainda de acordo com o secretário, a decisão de interromper as atividades no Colégio Odorico Tavares tem duas justificativas prioritárias: garantir recursos para construção de – pelo menos – sete escolas de grande porte na periferia de Salvador e ampliar a oferta de vagas na rede de ensino em bairros onde há maior procura, ou seja, permitir que os alunos possam estudar em seus próprios bairros, reduzindo as despesas com transporte.
 
“Muitas escolas da periferia estão com a estrutura defasada. São prédios antigos que não comportam mais a demanda de ofertas dos bairros. Por isso com os recursos que vamos adquirir com o Odorico teremos condições de oferecer unidades modernas com quadra coberta, campo society, laboratórios, refeitórios e biblioteca. Serão mais de 30 mil estudantes beneficiados, só em Salvador, não é justo fecharmos os olhos para a necessidade de qualificação das escolas”, contou Jerônimo.
 
Fora estas novas unidades provenientes do recurso do Colégio Odorico Tavares, o Governo do Estado, até o mês de fevereiro, vai licitar a construção de novas escolas na Bahia. Sete serão implantadas em Salvador, nos bairros de Paripe, Sussuarana, São Cristóvão, Imbuí, Vila Canária, Pau da Lima e Estrada das Barreiras. Além de unidades escolares nos municípios de Camaçari, Lauro de Freitas, Candeias, Teixeira de Freitas, Itabuna e Ilhéus. Até 2022, outras 48 serão construídas e entregues, totalizando 60 novas unidades.  

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