"O universo da Educação e seus desafios através dos olhares de professores brasileiros" é o tema da segunda temporada da série “A Chave”, que tem pré-estreia nesta terça-feira (20), às 9h, no auditório da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, no Centro Administrativo (CAB). Cada episódio do projeto – que será exibido aos sábados, a partir do dia 24/3, às 8h, pela TV Aratu – é construído a partir de uma abordagem temática, por meio de uma linguagem documental, envolvendo a trajetória de dois educadores de diferentes localidades em conflito com os desafios do mundo do trabalho. Produzido pela TemDendê Produções, a série conta com o apoio da Secretaria da Educação do Estado.

 

Estruturada em 15 episódios, com 26 minutos de duração, “A Chave” estabelece como conceito unificador a rotina dos educadores, partindo de dois territórios distintos, apresentando personagens com horizontes diferentes na busca por realizar seu ofício de contribuir com o processo de ensino e aprendizagem do aluno. Desta forma, explica a coordenadora de produção Manuela Castro, cada episódio é uma história independente que busca contribuir na compreensão de um recorte de realidade, por meio da narrativa de histórias de vida dedicadas à educação e seus desafios.

 

“A série traz histórias que emocionam, provocam e ampliam os horizontes dos telespectadores, fugindo das leituras recorrentes e propondo um retrato humano dos desafios e das realizações conquistadas nas salas de aula e na experiência com alunos, colegas e comunidades”, afirma Manuela. Os episódios, completa, trazem à tona a rotina dos professores dentro e fora das salas de aula, com a proposta de humanizar e aproximar estes personagens e suas vidas da leitura do telespectador.

 

Episódios – O primeiro episódio, batizado de “O primeiro e o último dia”, traz a história de duas professoras baianas da rede pública que vivem momentos de transição em suas vidas. Um deles é um jovem professor, ainda em formação, que está prestes a ter a sua primeira experiência em sala de aula, como educador. O outro é um professor experiente que entrará em uma sala de aula pela última vez, pois está se aposentando. Ambos atuam em escolas da rede pública que oferecem o Ensino Básico. O episódio traz as seguintes reflexões: Como é o primeiro dia de aula de um professor estagiário? Como é o último dia de aula de um professor prestes a se aposentar? De um lado, um jovem, ansioso para colocar em prática tudo o que aprendeu na faculdade. Do outro, um professor igualmente ansioso, mas porque, após tantos anos de uma rotina exaustiva, vai deixar o ofício.

 

Neste primeiro episódio, a professora de Ciências do Colégio Estadual Josias de Almeida Melo, no Subúrbio de Salvador, Jaciara Araújo, 54 anos e 35 de carreira, vestiu-se da personagem na série para contar a sua própria trajetória. “Estou no processo de aposentadoria e já estou sentindo na pele essa despedida, que é um misto de saudade e merecimento pelo tempo de serviço prestado com muita dedicação. Era meu sonho poder encerrar minhas atividades realizando algo significante, com o qual eu diria aos meus alunos e ex-alunos do Josias de Almeida, onde atuei por três décadas, o quanto sou grata a eles pela confiança, pela parceria. Chego me emocionar para falar sobre isto porque vai ser um corte na minha vida deixar a sala de aula. Meu consolo é que vou continuar atuando como professora no grupo de teatro para alunos da escola pública do Subúrbio”, revela a educadora.

 

Público alvo – Jovens a partir de 12 anos e adultos interessados no tema Educação e especialmente aqueles com filhos ou responsáveis por crianças ou jovens em idade escolar; nas realidades brasileiras; nas estratégias de sucesso; e na percepção dos desafios no processo de ensino e aprendizagem são o público alvo da série “A Chave”. “Construída a partir de histórias em diferentes localidades, a série cria reflexões para contexto nacional, interessando a diferentes regiões brasileiras, e até em outros territórios, que tenham relação com o tema universal que é a educação e o papel do professor na contemporaneidade”, ressalta Manuela Castro.