Para homenagear o Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, comemorado no dia 25 de julho, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI) realizou, nesta terça-feira (30), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o evento “Heroínas de Ontem e Hoje”. Com parceria das secretarias da Educação (SEC), de Promoção de Políticas para Mulheres (SPM) e de Cultura (SECULT), a iniciativa visa valorizar a história de luta de personalidades femininas negras que defenderam os direitos à igualdade das mulheres negras no Brasil, representadas por Dandara dos Palmares, Luísa Mahin, Mãe Stella de Oxóssi e Makota Valdina.

 

O secretário da SEC, Jerônimo Rodrigues, destacou a importância do reconhecimento de mulheres negras na luta pela igualdade. “Nós sabemos o objetivo da Educação em participar deste evento e eu compreendo muito bem. Temos a honra que essas mulheres façam parte de nossos livros de história, o que é muito importante, mas talvez não seja o suficiente, se não fizermos uma formação continuada da rede de professores, das redes estadual, privadas e municipais, para que as crianças e jovens, que estejam no processo de aprendizagem nas escolas, possam compreender a importância destas mulheres. Nós estamos, neste momento, contando nossa história de fato para as pessoas. E a ideia é contemporizarmos as experiências e o conhecimentos das pessoas no dia a dia e da academia, extraídas dos livros e do saber popular”, ressaltou.

 

A secretária da SEPROMI, Fábia Reis, contou que o evento encerrou as diversas atividades que celebraram, no mês de julho, a luta da mulher negra na busca pela igualdade. “Nós trouxemos, neste evento, a comemoração pela entrada Dandara dos Palmares e Luísa Mahin nos livro de ouro dos heróis nacionais e fazendo alusão às contemporâneas Makota Valdina e Mãe Stella de Oxóssi, que nos deixou recentemente, e que são referências para a continuidade das mulheres que ainda continuam aqui com a gente nesta luta”, disse.

 

Para a secretária da SPM, Julieta Palmeira, as políticas públicas integradas fortalecem o processo de mudanças na sociedade. “Ao levantarmos a importância destas quatro heroínas, damos visibilidade ao protagonismo das mulheres negras. E cabe ao Estado da Bahia, as entidades e qualquer instituição conhecerem essa realidade promovida por esse protagonismo na luta contra o sistema que reúne a desigualdade social, machismo e racismo. E isso afeta, de forma sobre maneira, a mulher negra. Então, precisamos dar visibilidade ao que é real e que já acontece, porque as mulheres negras já são protagonistas na sua luta”, contou.

 

Na ocasião, também foi realizada uma homenagem e um abraço de desagravo a Mãe Rosa de Oxum, de Alagoinhas, e a Mãe Rosa de Oyá, de Vitória da Conquista, que foram vítimas de intolerância religiosa.