Com latas nas mãos, trabalhadoras da Secretaria da Educação do Estado da Bahia fizeram uma batucada, nesta quinta-feira (1º), em frente à sede do órgão, no Centro Administrativo da Bahia, para marcar os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. A campanha mundial foi iniciada em 1991 com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres em qualquer parte do mundo. Atualmente está presente em 130 países sendo vinculada a luta pela não violência contra as mulheres e à defesa dos direitos humanos. 

 

Neste ano, no Brasil, a campanha começou no dia 20 de novembro, data simbólica por ser o Dia da Consciência Negra e que marca também a luta contra a opressão de gênero, raça e classe social. As atividades em todo o país seguem até 10 de dezembro. Na Bahia, a campanha está na 10ª edição e representa uma ação de natureza interdisciplinar organizada em uma parceria entre a Secretaria da Educação do Estado da Bahia, por meio da Coordenação da Diversidade, com a Mrcha Mundial das Mulheres e o Centro de Estudos em Gênero, Raça, Etnia e Sexualidade da Universidade do Estado da Bahia (Diadorim/Uneb). 

 

A coordenadora da Diversidade da Secretaria da Educação do Estado, Erica Capinan, fala sobre a importância do envolvimento das mulheres trabalhadoras e educadoras no ato. “É preciso pensar numa educação para as relações de gênero e diversidade para o enfrentamento ao racismo, sexismo e violência contra as mulheres”, afirma.

 

É também o que defende Valuza Saraiva, assessora da Superintendência de Políticas para a Educação Básica. “Nós mulheres somos a maioria na Secretaria da Educação e precisamos discutir sobre o nosso papel. Precisamos saber das nossas diferenças no que diz respeito à orientação sexual, etnia, religião, e discutir a educação a partir disso”, acrescenta.

 

Ações afirmativas
A atividade também marca o encerramento das ações voltadas ao Novembro Negro e o Novembro Azul desenvolvidas nas escolas estaduais e no âmbito da Secretaria, que também foram voltados à educação para a diversidade, para as relações de gênero e sexualidade e para as relações étnico-raciais.