Vale-alimentação contribui para a segurança alimentar de estudantes indígenas e quilombolas

O vale-alimentação estudantil está contribuindo para a segurança alimentar dos estudantes de comunidades e povos tradicionais, como indígenas e quilombolas, durante o período de isolamento social e suspensão das aulas por causa do novo Coronavírus. O benefício, de R$ 55, foi disponibilizado para todos os estudantes (aproximadamente 800 mil) da rede estadual de ensino,  que podem fazer as compras com o cartão da bandeira Alelo, em mais de 18 mil estabelecimentos, nos 417 municípios, distritos e povoados da Bahia. Foram investidos R$ 88 milhões do Governo do Estado nas duas etapas do programa.
 
A rede estadual de ensino tem 3.498 estudantes quilombolas e 6.961 indígenas matriculados. A estudante indígena Fernanda Damacena, 17 anos, da etnia Pataxó e kiriri Sapuya, 3º ano, do Colégio Estadual Indígena de Coroa vermelha, localizado no município de Santa Cruz Cabrália, falou de que forma o benefício vem ajudando na alimentação em sua casa. "O vale-alimentação veio para ajudar várias famílias, em um tempo que estamos vivendo esta pandemia.  Agradeço muito pelo benefício, que está contribuindo muito não só para a minha alimentação, mas de toda a família, pois comprei alimentos como carne, ovos, feijão, arroz, macarrão, açúcar, café e outros", afirmou. 
 
Quem também foi beneficiada com o vale-alimentação foi Madalena Santos Celestino, 18, 3º ano, da Comunidade quilombola Casa Nova dos Amaros, e estudante do Colégio Estadual do Campo Luis José dos Santos, localizado no distrito de Laje dos Negros, em Campo Formoso. "Este benefício do governo vem me ajudando bastante, assim como a outros estudantes que também não têm condições para se manter. Aqui onde eu moro, tem muitas famílias necessitadas e este vale deu uma melhorada nas suas rendas. Comprei alimentos como carne, frutas e verduras, além de itens como feijão, arroz e outros", revelou. 
 
A diretora do Núcleo Territorial de Educação de Itabuna (NTE 05), Leninha  Cavalcante, falou como foi a entrega para os povos tradicionais. "Aqui no Território Litoral Sul, nós temos quilombolas na região de Maraú e indígenas  em Olivença e Pau Brasil. Muitos deles vivem do artesanato e das atividades que precisam que eles se desloquem de casa, mas,  agora, todos estão em isolamento. Para entregar o cartão vale-alimentação estudantil, fizemos uma rede levando os cartões nas escolas das aldeias e comunidades e, também, fomos diretamente nas casas dos estudantes, adotando todas as medidas de segurança", destacou.  
 
O cartão vale-estudantil é destinado, exclusivamente, para a compra de gêneros alimentícios, como feijão, arroz, macarrão, carne, frango, frutas, verduras, café e leite, sendo que a aquisição dos alimentos é de livre escolha dos estudantes. A Secretaria da Educação do Estado reforça a orientação para que vá ao supermercado apenas um membro da família, seguindo todas as normas de segurança, como o uso de máscaras de proteção individual, em função da pandemia pelo novo Coronavírus. 
 
O valor do vale-alimentação é acumulado no cartão para quem não recebeu a primeira etapa. Em caso de dúvida, o estudante deve entrar em contato com a escola onde está matriculado ou pelos canais da Ouvidoria (0800 284 0011 e e-mail ouvidoria@educacao.ba.gov).

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