O Trilha é o Programa Estadual de Inserção de Jovens no Mundo do Trabalho. Foi criado pelo Decreto Estadual de nº 11.262 em 21 de outubro de 2008, com objetivo central de inserir jovens em atividades produtivas, seja em postos formais de trabalho ou em atividades empreendedoras para a geração de renda, a exemplo da economia solidária, motivando-os para o exercício da cidadania.

As ações do Trilha estão distribuídas entre diferentes Secretarias Estaduais, Secretaria da Educação, Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) e Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri). No que compete à Secretaria da Educação, o Trilha busca promover a Educação Profissional integrada à educação de jovens e adultos garantindo a volta e permanência dos jovens na escola.

Três ações do Trilha são desenvolvidas pela Secretaria da Educação, por meio da Superintendência de Educação Profissional (Suprof). Uma delas é denominada de Trilha/SEC e a outra é o Trilha/Projovem Urbano, este último uma parceria com o Governo Federal. Todas as ações visam estimular o retorno dos jovens às salas de aula, promovendo a elevação da escolaridade, a certificação da educação básica, a qualificação profissional e a ação comunitária, contribuindo para a formação integral dos jovens. A diferença é que o Trilha/SEC é oferecido nos municípios onde não tem Trilha/Projovem Urbano. A terceira ação é o Trilha/Projovem Saberes da Terra voltado para jovens do campo.

O Projovem Urbano é desenvolvido pelo Governo do Estado em parceria com o Governo Federal. É um programa de qualificação de jovens e adultos, entre 18 e 29 anos, que apesar de alfabetizados, não concluíram o ensino fundamental. Com o Projovem Urbano, o estudante conclui o ensino fundamental, eleva a escolaridade e ao mesmo tempo faz qualificação profissional.

Os cursos/arcos ocupacionais têm duração de 18 meses. Neste período, o estudante recebe uma bolsa auxílio de R$ 100 por mês, além de livros didáticos e fardamento. Ao final do curso, receberá certificados do ensino fundamental e de qualificação profissional.

A Rede Estadual de Educação Profissional oferta 11 arcos ocupacionais que abrem um leque de possibilidade de inserção no mundo do trabalho para os jovens e trabalhadores matriculados. Quem optar em fazer o arco ocupacional em Telemática, por exemplo, poderá trabalhar como operador de microcomputador, Helpdesk, Telemarketing (Vendas) e ou Assistente de Vendas (Informática e Celulares). As ocupações para o arco em Turismo e Hospitalidade são: Organizador de eventos, Cumim (ajudante de garçon), Recepcionista de hotéis e Monitor de turismo local. O arco Alimentação qualifica para que o estudante possa atuar como Chapista, Cozinheiro auxiliar, Repositor de mercadorias e Vendedor ambulante (alimentação). Quem fizer o arco ocupacional em Arte e Cultura I, estará habilitado a trabalhar como: Assistente de produção cultural, Auxiliar de cenotecnia, Assistente de figurino e DJ/ MC.

A oferta destes arcos ocupacionais faz parte de ações estratégicas do Governo do Estado visando beneficiar, com formação profissional, jovens e trabalhadores para que atendam às demandas geradas pelo desenvolvimento socioeconômico e ambiental dos territórios de identidade da Bahia.

Até 2011, o Projovem Urbano era executado no interior em cidades com até 200 mil habitantes e em 2012 passou também a ser executado pelo Estado em Salvador, beneficiando jovens e trabalhadores dos bairros do Lobato, Periperi, Cajazeiras, Pero Vaz, Nordeste de Amaralina, Bairro da Paz e Boa Vista de São Caetano.