Ao término do ano de 2012, considerando-se o ensino de graduação de oferta contínua, os programas especiais (que abrangem as licenciaturas específicas do programa da Capes/MEC para formação de professores da educação básica) e, especificamente, o sistema de educação a distância há, respectivamente, 38.744, 15.259 e 13.848 estudantes matriculados, respectivamente, nas quatro universidades estaduais.

O conjunto dessas universidades estaduais apresenta o quantitativo de 4.171 docentes, com 72% deles com pós-graduação stricto sensu e 52% atuando em regime de trabalho de dedicação exclusiva; 45% se incluem no regime de 40 horas semanais e apenas 3% desenvolvem suas atividades no regime de 20 horas semanais. Há 240 cursos no contexto daqueles de graduação de oferta contínua e 48 programas de pós-gradução de mestrado e doutorado no âmbito da oferta daqueles de stricto sensu, que cobre o total de 1.607 estudantes em cursos de mestrado/doutorado.

De forma duradoura, sem perder de vista suas especificidades e a defesa de princípios e valores que as caracterizam e, assim, as diferenciam, as universidades estaduais buscam adequar seus objetivos às demandas sociais. Dessa forma contribuem para o desenvolvimento socioeconômico dos espaços onde se inserem em um processo dinâmico que, também, aponta e gera novas demandas acadêmicas, cujo alcance chega à produção de bens e serviços.

Com oferta de cursos na forma presencial ou com procedimentos de educação a distância, a atuação dos 29 campi das quatro universidades se estende aos 26 Territórios de Identidade do estado da Bahia. Nessa situação ajuda a reconhecer vocações e delineia trajetórias de formação profissional que induzem ao esboço de postos de trabalho, articulam redes de recursos produtivos apropriados às economias locais e dão substrato a um conjunto de funções especializadas, próprias de processos econômicos complexos.

As universidades estaduais da Bahia têm projeção nas regiões em que estão inseridas, estão envolvidas com pesquisas de cunho tecnológico identificadas com necessidades locais e, ademais, trabalham em conjunto com redes nacionais de atividades de pesquisa, articuladas com os mecanismos oficiais de gerenciamento/financiamento institucional de grupos de pesquisa. Participam de editais nacionais e estaduais e se integram aos programas de inovação tecnológica e as redes de pesquisa. Também se inserem nos programas do Parque Tecnológico do estado da Bahia com destaque em projetos do campo da biotecnologia e da produção de serviços da área de informática.

No campo extensionista incentivam atividades artísticas e culturais e, ademais, contribuem para o fortalecimento da identidade local/territorial, com resultados marcantes para a socialização de estudos e investigações dos contextos específicos nas suas localidades e para o desenvolvimento sustentável que, no conjunto, contribuem para o aprimoramento da qualidade social das relações de grupos locais e permanente labuta pela consolidação da cidadania plena.

Continuam contribuindo na interiorização da educação superior, tornando-se referência para a ação engajada no contexto regional. Definem suas prioridades de acordo com a realidade e as potencialidades da região, cujos resultados reiteram a fixação do jovem na localidade, a qualificação do trabalho e a oferta à população de serviços de qualidade.