Colóquios movimentam segundo dia da Conferência Estadual da Educação

A realização simultânea de mais de 20 colóquios movimentou o segundo dia da Conferência Estadual de Educação nesta quinta-feira (10/10). Especialistas em educação falaram sobre questões como políticas de expansão do ensino médio, a universidade no Brasil do século XXI, autonomia escolar e responsabilização docente na gestão, educação integral e formação inicial e continuada dos profissionais de educação. O evento prossegue até esta sexta-feira (11/10), no Centro de Convenções da Costa do Sauípe, no município de Mata de São João.

A ex-secretária nacional de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pillar Lacerda, que abordou o tema Educação integral: ampliação de tempos e espaços educativos e políticas para o ensino fundamental de qualidade, ressaltou a necessidade da transformação da escola. Segundo ela, para isso, o grupo de profissionais tem que ter autonomia para pensar no projeto político-pedagógico a partir de um conhecimento aprofundado da realidade. “Temos que pensar na educação integral que dialogue com o território porque essa geração precisa de experimentação e circulação. Os projetos, por sua vez, têm que ter intencionalidade pedagógica e mediação”, afirmou.

Fotos: Claudionor Jr. Ascom/Educação
Já Biaggio Avena, doutor e mestre em Educação pela Ufba, destacou a necessidade de  desenvolver o ensino médio dentro de um espaço de aprendizagem que integre e motive a juventude. Ele ressaltou que, para isso, o professor deve se apropriar dos novos espaços de aprendizagem que vão além da sala de aula. “A realidade fora da escola, muitas vezes, é mais interessante. Os educadores têm que interagir com as novas formas de aprendizagem, que estão em espaços diversos, como a Internet e a própria rua”, disse. O especialista chamou a atenção, também, para a importância de ser fazer uma abordagem multirreferencial, que significa estar aberto a todas as possibilidades em função do seu público-alvo, levando em consideração a realidade de cada Território de Identidade.

Ensino superior – O reitor da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba), Naomar Filho, abordou o tema A Universidade no Brasil do Século XX: participação social e desenvolvimento autossustentável. “Em outros países, tem-se os regimes de ciclos, por meio dos quais os alunos entram na universidade e só depois de passarem pela formação geral, quando estão mais maduros, é que escolhem a profissão que querem seguir”, considerou.

O representante do Ministério da Educação, Paulo Ergon, que abordou o tema Autonomia escolar e responsabilização docente na gestão educacional, ressaltou que a construção da educação de qualidade para todos “depende da visão filosófica e de mundo que irá nortear a política educacional. “O novo profissional é aquele capaz de ser inserido no mundo da globalização. O conhecimento deixou de ser exclusivamente dos mestres e doutores, ele está em toda a parte. O professor é aquele que orienta essa geração digital  e, por isso, ele tem que estar preparado”.

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