Educadores brasileiros e da Colômbia mostram projetos de inclusão digital durante o Virtual Educa

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Foto: Jairo Gonçalves
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Realizado dentro da programação do XIX Encontro Internacional Virtual Educa – um dos maiores eventos mundiais sobre inovação e tecnologia aplicadas à Educação que acontece até sexta-feira (8), no Centro Estadual de Educação Profissional, Formação e Eventos Isaías Alves (ICEIA), no bairro do Barbalho, em Salvador –, o Fórum de Inclusão, Avaliação e Qualidade trouxe à tona, nesta quarta-feira (6), a discussão sobre a aprendizagem em ambientes virtuais como forma de inclusão social. 
 
Um dos destaques foi a palestra do professor Edgar Javier Carmona Suarez, da Universidad Del Quindío, na Colômbia, que abordou o tema “Estándares e-Learning para ambientes de aprendizaje exitosos a partir de buenas prácticas en la gestión de cursos virtuales”. “Há muito tempo participo do Virtual Educa como um meio de compartilhar a minha experiência como professor universitário sobre os resultados exitosos da educação inclusiva a partir do incentivo da internet como boa prática de tornar o aprendizado acessível a todos, por meio da tecnologia da informação”.
 
Atenta às palestras, a professora de Matemática, Nildete Luz, do Colégio Estadual Professora Simone Simões Neri, do município de Inhambupe (a 168 km de Salvador), falou sobre a sua participação no Virtual Educa, em especial nos seis fóruns que estão sendo realizados no evento. “Para nós, educadores, receber em nosso Estado um evento internacional é uma oportunidade de acesso a novos conhecimentos e novas releituras, a exemplo do tema inclusão, o que é bastante significativo, pois nos convida a repensar valores e a acreditar nas possibilidades da inclusão acontecer no ambiente escolar, fortalecendo, assim, a nossa prática pedagógica”.
 
Pra cego ver – Além das conferências, o fórum apresenta trabalhos de pesquisa voltados ao tema geral do Virtual Educa Bahia 2018: “Educação para transformar a sociedade em um espaço único multicultural”. A coordenadora da Educação Inclusiva da Secretaria da Educação do Estado, Patrícia Braille, trouxe ao público o projeto #PraCegoVer: um diálogo sobre redes sociais, deficiência visual e outras cegueiras”, projeto de sua autoria, cujo objetivo é disseminar a cultura da acessibilidade nas redes sociais através da audiodescrição, tradução que consiste em transformar imagens em palavras, tornando as redes sociais mais acessíveis às pessoas com deficiência visual.
 
Atualmente, ressalta Patrícia Braille, milhares de pessoas cegas usam o Facebook e outras redes sociais com auxílio de programas de leitores de tela, capazes de transformar em voz o conteúdo dos sites. Mas esses leitores só leem caracteres e não pixels. Assim, as imagens necessitam ser descritas, para que os leitores consigam transmiti-las às pessoas com deficiência visual. “Muitas empresas têm aderido, inclusive multinacionais como a Google, Coca-Cola e Sansung, além do Ministério Público Federal, do Tribunal Superior Eleitoral e da Petrobrás. Isto me deixa muito feliz, sobretudo porque eu conheci a Educação Inclusiva no ICEIA, como professora estagiária, aos 16 anos, e voltar hoje aqui no ambiente que me subsidiou tem um gosto muito, muito especial”, declarou.
 
 

 

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