Encontro virtual debate o direito à educação pública contextualizada para convivência com o Semiárido

Para celebrar o Dia Nacional da Educação, comemorado nesta quarta-feira (28), o Movimento de Organização Comunitária (MOC) realizou uma live com o tema "O direito à educação pública contextualizada para a convivência com o Semiárido". Com a participação do secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, a iniciativa teve a proposta de debater a importância do fortalecimento do ensino-aprendizagem voltado para a realidade da comunidade de forma a respeitar sua cultura, sua identidade e seu meio ambiente, entre outros aspectos locais.

>> Assista a live aqui (https://bit.ly/3nwPLU5)

"Para que haja políticas públicas que garantam a educação contextualizada, existe a necessidade de que a comunidade tenha essa compreensão, algo que o MOC trabalha muito bem; que existam instrumentos jurídicos que solidifiquem essas ações na legislação; e que o governo, nas três esferas, tenha também a compreensão de realizar ações neste sentido. E o Estado da Bahia vem trabalhando por meio do regime de colaboração, dialogando com conselhos municipais e movimentos sociais, além dos convênios com as EFAs (Escolas Famílias Agrícola) para tornamos essa contextualização uma realidade nos diversos territórios. Além disso, o Governo do Estado investe na formação inicial dos educadores, trazendo a contextualização das diversas regiões baianas", destacou o secretário Jerônimo.

Segundo a coordenadora do Programa de Educação do Campo Contextualizada do MOC, Vera Carneiro, é preciso debater o tema como forma de buscar uma maior autonomia dos conhecimentos locais. "A educação contextualizada reconhece o valor dos povos, da cultura e do jeito de ser de uma região que tem algo de diferente, mas que não é inferior às outras. É a produção e o direito ao conhecimento que nos foram negados pelas elites. Queremos ser iguais, reconhecendo as diferenças", afirmou.

A superintende de Políticas para a Educação Básica da SEC, Manuelita Brito, falou dos desafios que devem ser enfrentados. "A Bahia teve a coragem de fortalecer a contextualização dos territórios com a produção de materiais e volumes que atendessem a esse público. Temos os desafios, pois existe um currículo nacional que temos que seguir, mas acredito que estamos trazendo essa realidade para os materiais didáticos, além da proximidade com as EFAS que, com um apoio financeiro da SEC, conseguem uma autonomia nesta produção pedagógica".

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