Estudantes do Topa são atendidos pelo Programa Saúde sem Fronteiras

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Alunos do Topa foram atendidos na primeira etapa dos serviços oftalmológicos oferecidos pelo Programa Saúde Sem Fronteiras, no município de Miguel Calmon, no Piemonte da Chapada Diamantina. Moradores de 19 cidades da região são beneficiados com a realização de cinco mil consultas e 1,5 mil cirurgias de catarata. Com suspeita de catarata, a aposentada Maria Conceição Miranda, 64, buscou atendimento. “Eu sinto dor nas vistas. Não estou enxergando direito. Fico aflita porque quero ver as coisas e não consigo. De perto, eu ainda enxergo um pouco, mas não vejo quase nada de longe”.


Na manhã do sábado (24), o governador Rui Costa acompanhou o atendimento à população no município. “Aqui é o atendimento humanizado. É um atendimento que traz um serviço que há muito tempo era esperado por milhares de pessoas. A gente percebe a felicidade desses senhores e dessas senhoras por voltar a enxergar os netos e a fazer as atividades do dia a dia”. Rui disse ainda que “o programa devolve a qualidade de vida que havia sido perdida por eles. É um serviço importantíssimo, que nós vamos continuar e intensificar, percorrendo todo o estado e garantindo o atendimento regional".

Mais de 100 profissionais, entre médicos oftalmologistas, anestesiologistas, enfermeiros e técnicos, são responsáveis pelo atendimento. Realizada no Hospital Padre Paulo Felber, a ação começou na última segunda-feira (19) e segue até este domingo (25).

Morador do município de Piritiba, o aposentado Anatalício Ferreira da Silva, 73, já possuía o diagnóstico para catarata e aproveitou a ação para realizar a cirurgia nos dois olhos. “No esquerdo, eu já não enxergava nada. Já era para ter operado há três anos. E aqui, eu cheguei e fui operado em menos de uma hora. É a força do mutirão, que funcionou". Após o procedimento, ele vai poder retomar os estudos. “Sou aprovado em Direito, mas [há] dois anos não posso fazer faculdade por causa dos meus olhos. Ano que vem volto a fazer".

Capacitação

As ações do programa em Miguel Calmon incluíram também a capacitação de 50 profissionais da região, entre médicos e enfermeiros, para a detecção do tracoma, uma doença silenciosa que afeta os olhos.

“Pela primeira vez na Bahia, estamos realizando o programa de detecção de uma doença chamada tracoma, que é a segunda maior causa de perda de visão na Bahia. Nós estamos capacitando os profissionais de atenção básica para poder diagnosticar o tracoma e tratar com uma medicação simples, que é o antibiótico”, explicou o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas Boas.

Fonte: Secom

 

 

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