Projeto estimula o gosto pelo estudo científico

 

 

 

 

“A ciência amplia os nossos horizontes e estimula o desejo de aprender”. A declaração é do estudante Jonas Rocha Fonseca, 16 anos, aluno do 3º ano do ensino médio no Colégio Estadual Polivalente de Conceição do Almeida, em Conceição do Almeida. Em 2014, o projeto “Revitalização da Araruta: uma prática sustentável para o Recôncavo”, desenvolvido pelo estudante, foi um destaque na edição de setembro da revista Exame, da Editora Abril.

Feira de Ciências no Encontro Estudantil - Foto: Geraldo Carvalho
Como Jonas, cerca de 170 mil estudantes baianos vem despertando o interesse pela ciência por meio do projeto Ciência na Escola. A iniciativa, desenvolvida pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, busca inserir o estudante em seu próprio processo de aprendizagem, a partir da ampliação dos conhecimentos científicos. De 2013 a 2014, o programa foi implantado em 738 escolas, proporcionando a estudantes e professores um espaço para experimentação, investigação e vivências.

Veja a matéria completa na Revista Educação Bahia 2014

O Ciência na Escola inclui, ainda, a formação de professores, bem como a edição dos livros Bahia, Brasil: espaço, ambiente e cultura e Bahia, Brasil: vida, natureza e sociedade, distribuídos para estudantes do ensino fundamental, atendidos pelo projeto. O conteúdo é organizado de forma integrada, georreferenciado na realidade baiana e apresenta conhecimentos das diversas áreas, como biologia, geografia, química, física e história.

Experiências exitosas – O projeto desenvolvido por Jonas foi uma das iniciativas motivadas pelo livro Bahia, Brasil: espaço, ambiente e cultura, conta a professora Verônica Santos Brito Alves, orientadora do estudante. “A partir do livro, buscamos trabalhar diretamente com a questão da sustentabilidade. Então, veio a ideia de trabalhar com a araruta, que é um tubérculo típico da região, mas estava sendo esquecido”. De acordo com a professora, a produção do tubérculo é um pouco mais trabalhosa que outras culturas, no entanto, é mais sustentável. A araruta é 100% aproveitada e consome pouca água em sua produção.

Para o estudante Jonas Rocha Fonseca, o projeto teve ainda outra conquista que foi a popularização da cultura da araruta. “O projeto apresentou essa cultura aos jovens da região e nós mostramos como a araruta pode trazer mais renda que outros produtos”. Durante a realização do projeto, os estudantes visitavam constantemente uma plantação de araruta, para conhecer todo o processo de beneficiamento do tubérculo.

Premiado na 4ª Feira de Ciências e Matemática da Bahia (Feciba), em 2014, com o Prêmio Práticas Inovadoras na Educação Básica, o professor de ciências e biologia do Colégio Estadual Wilson Lins, no município de Valente, Adaltro José Araújo Silva, coordena outra experiência exitosa do Programa Ciência na Escola, o Clube de Ciências. “A gente cria uma cultura científica na escola, os alunos se envolvem mais e dão continuidade aos estudos depois de concluir o ensino médio”, relata o professor, sobre a importância da educação científica na escola.

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