SEC dialoga com povos indígenas em acampamento na ALBA

Palavras-chave:
Foto: Claudionor Jr/SECBA
Integrantes de 30 povos indígenas da Bahia estão reunidos na área externa da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), no Centro Administrativo (CAB), desde segunda-feira (12), em torno da quinta edição do Acampamento Livre. A mesa de abertura, nesta terça-feira (13), contou com a presença de representantes de lideranças de etnias de toda a Bahia e representantes dos poderes Legislativo e Executivo, entre eles as secretárias estaduais da Educação, Adélia Pinheiro, e de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães. Plenárias, tendas de debates, música e cantos estão na programação do evento, que prossegue até sexta-feira (16), reunindo 1,6 mil indígenas.
 
A secretária da Educação, Adélia Pinheiro, reafirmou o diálogo permanente e o compromisso da gestão em assegurar o direito à educação aos estudantes indígenas. “Nossos avanços na Educação, nos últimos tempos, são consistentes e significativos, sob a liderança do governador Jerônimo Rodrigues, que nos aponta, sistematicamente, a necessidade de seguir com passos firmes para assegurar, cada vez mais, o direito à educação. A expectativa é reafirmar e assegurar os direitos dos povos indígenas nos vários lugares que, por direito, lhes pertencem”, ressaltou.
 
O coordenador geral do Movimento Unido dos Povos e Organização Indígena da Bahia (MUPOIBA), Agnaldo Pataxó Hãhãhãe, acredita que esta é uma oportunidade de discutir melhorias e fortalecer alianças entre os 30 povos presentes na Bahia e sinalizou avanços na Educação Escolar Indígena. “Estamos aqui porque entendemos que, para termos acesso às nossas necessidades, para vencermos, precisamos de alianças. Na área da Educação avançamos muito, a exemplo da valorização dos professores indígenas e das melhorias educacionais para nossas crianças, como reforma das escolas e oferta de transporte escolar”, elencou.
 
Para a secretária Ângela Guimarães, da SEPROMI, o Governo do Estado e todo o seu secretariado tem a orientação de garantir um novo tempo em relação às demandas dos povos indígenas. Ela ressaltou a importância da criação da Superintendência dos Povos Indígenas, em nível estadual, e, no Brasil, o Ministério dos Povos Indígenas, que possibilitam a construção de novos capítulos para enfrentar o histórico genocídio da população indígena; o processo histórico de respeito à demarcação dos territórios indígenas; e, sobretudo, garantir o acesso ao conjunto de políticas públicas nas áreas da Saúde, Educação e Cultura, entre outras, implementadas pelos governos estadual e federal. “Precisamos de indígenas nos diversos espaços de poder para que suas demandas e necessidades sejam asseguradas”, declarou.
 
Fonte: Ascom/SEC

Notícias Relacionadas