SEC e SESAB mobilizam jovens indígenas, quilombolas e do campo para ações de combate à Covid-19

Com o objetivo de dialogar com jovens indígenas, quilombolas e do campo da Bahia sobre ações coletivas de combate à disseminação do novo Coronavírus, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), juntamente com a Secretaria da Saúde do Estado (SESAB), realizou, nesta sexta-feira (26), um encontro virtual através da plataforma Google Meet. A atividade buscou conscientizar a população jovem sobre os riscos e as consequências sérias da doença, tendo em vista o crescente número de casos de Covid-19, principalmente entre as pessoas mais novas e que podem contaminar adultos e idosos. 
 
O coordenador de Políticas para a Juventude da SEC, Jocivaldo dos Anjos, falou da importância das discussões com os jovens sobre a gravidade do tema. "Esta ação que estamos desenvolvendo em parceria com instituições representativas dos adolescentes e das juventudes são de importância ímpar no sentido de convencê-los sobre a importância de se utilizar medidas de prevenção e chegarmos à diminuição necessária das taxas de infecção e de transmissão. Trata-se de um fazer juntos; de dividir as responsabilidades para que o combate a essa doença seja uma tarefa de todos nós", pontuou. 
 
Além de abordar as medidas de prevenção, a técnica do GT Covid da SESAB, Gabriela Farias Gomes, apresentou o cenário da doença na Bahia. "De acordo com os dados apresentados de 25 de fevereiro, são 669.821 casos confirmados desde o início da pandemia; 639.286 já são considerados recuperados, 19.047 encontram-se ativos e 11.468 são de óbitos confirmados. Destes casos confirmados, 48.607 são de jovens de 10 a 19 anos com Covid-19 na Bahia e 40 foram a óbito. O crescimento de casos nessa faixa etária vem crescendo e ganhando destaque ainda mais após as festas de final de ano. Para a prevenção, é necessário o uso adequado das máscaras; a higienização das mãos; manter uma distância mínima de dois metros de outras pessoas em ambientes públicos; e evitar locais com aglomeração. É necessário que todos se conscientizem na luta contra a Covid-19", destacou. 
 
A jovem quilombola Junaica Barbosa, 26, que vive no Quilombo Rio das Rãs, em Bom Jesus da Lapa, acredita ser fundamental o compartilhamento dos dados a respeito da doença. "É primordial o desenvolvimento de ações para inibir os impactos da pandemia nas comunidades rurais, principalmente aquelas que são carentes de assistência médica, informação e segurança alimentar. Esta reunião me trouxe inúmeras preocupações com os nossos jovens do campo, que neste momento são os maiores transmissores do vírus em suas comunidades. Acredito que devemos estudar o eixo do problema para encontrarmos soluções viáveis", disse. 
 
Quem também participou do diálogo foi Daniele Damásio Silva, 22, que atua como técnica-administrativa no Colégio Estadual Idelzito Eloy de Abreu, em Ituberá e, também, é representante do Programa Primeiro Emprego, no Conselho Estadual de Juventude. "No meio desta triste realidade em que estamos vivendo, nós, jovens, precisamos fazer apenas uma escolha: se queremos nos colocar como parte do problema ou da solução. A juventude é admirada pela sua força e coragem e isso serve como um grande incentivo para fazermos destas qualidades a nossa arma de combate e prevenção a este vírus. Mesmo não fazendo parte desses grupos, como indígenas, quilombolas ou jovens do campo, acredito que todos estamos na mesma luta", afirmou. 
 
A temática também foi discutida virtualmente, no mesmo dia, em uma outra agenda promovida entre a SEC, o Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (CECA) - que é vinculado à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) - e a SESAB. Já na próxima terça-feira (2), as discussões serão realizadas envolvendo a participação de jovens trabalhadores, da juventude sisaleira e dos estudantes líderes de classe.

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