Resultados exitosos do Programa Todos pela Alfabetização (Topa), desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, foram socializados nesta sexta-feira (5/9), no auditório da Secretaria, no Centro Administrativo (CAB), durante o II Seminário de Apresentação dos Resultados da Aplicação dos Testes Cognitivos de Entrada da 7ª Etapa do Topa. O evento trouxe os resultados dos testes realizados pelo Instituto Paulo Freire com os alfabetizandos do Programa, com o objetivo de conhecer mais de perto as proficiências da língua portuguesa e da matemática. Na ocasião, também foi possível refletir sobre os novos desafios para a próxima etapa do Topa.

“O Topa resgata a cidadania. O alfabetizado de hoje teve o seu direito de aprender negado há décadas. Por meio do programa, a Bahia está reparando essa situação e contribuindo para os avanços nacionais no que se refere ao combate do analfabetismo no País”, disse o secretário Osvaldo Barreto, ressaltando a importância da avaliação externa realizada pelo Instituto Paulo Freire. “Em todos os projetos estruturantes desenvolvidos pela Secretaria da Educação, buscamos a aproximação com universidades e institutos ligados à educação”, disse.

A partir dos descritores de língua portuguesa e matemática, o teste cognitivo destacou mais de 70% de acertos nas questões referentes à localização de uma informação explícita em uma sentença ou em um texto; ler palavras silenciosamente, processando o seu significado, e diferenciar letras de outros sinais gráficos. Já em matemática, acertos de 70% a 85% recaíram sobre questões como a realização de contagens de pequenas quantidades; resolução de operações de subtração de números naturais e leitura de números naturais de dois a quatro algarismos.

O educador Moacir Gadotti, diretor do Instituto Paulo Freire, fala sobre a experiência com o Topa, que já alfabetizou mais de 1,3 milhão de baianos e reúne mais 160 mil alfabetizandos nesta 7ª etapa. “O Topa vai muito além dos números, que já são impressionantes. O Programa mexeu com a vida das pessoas, com a autoestima, com as suas relações sociais e humanas. E, sobretudo, está contribuindo para uma nova concepção de alfabetização no País, que é a de valorizar o idoso e a população da zona rural”, declarou.

Reflexão e diálogo – A coordenadora geral do Topa, Elenir Alves, destacou, no evento, o diálogo que a Secretaria da Educação do Estado vem mantendo com o Ministério da Educação (MEC) no sentido de fortalecer o programa, bem como de mostrar a exitosa experiência baiana para todo o País. “É um momento de reflexão e de diálogo. A presença do MEC nos ajuda no acompanhamento pedagógico do Topa e a melhorar cada vez mais a qualidade do programa”.

O coordenador geral do Programa Brasil Alfabetizado do MEC, Antônio Lírio, reconhece a Bahia como um dos Estados que mais contribui para a erradicação do analfabetismo no País, por meio do Topa. “É excelente o trabalho que é desenvolvido em parceria com o Instituto Paulo Freire. O resultado dos testes cognitivos que, hoje, nos debruçamos, serão levados ao Ministério e, certamente, serão um balizador com o objetivo de qualificarmos ainda mais o programa nacional”.