Topa assegura alfabetização e promove cidadania para jovens, adultos e idosos

 

 

 

 

Entrar em uma sala de aula, pegar um lápis e, com firmeza nas mãos, escrever o próprio nome. O gesto que parece tão simples e corriqueiro na vida de qualquer pessoa, só passou a fazer parte da realidade de muitos baianos a partir da inserção no Programa Todos pela Alfabetização (Topa). Desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, desde 2007, em parceria com o Governo Federal, o Topa já possibilitou que mais de 1,3 milhão de jovens acima de 15 anos, adultos e idosos que não puderam efetuar os estudos na idade regular, fossem alfabetizados.

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Foi o caso da dona de casa Crispiniana Bastos, de Feira de Santana. Somente agora, aos 45 anos de idade, ela teve a oportunidade de estudar e ser alfabetizada. “Parece simples, mas, hoje, posso sair sozinha e pegar um ônibus sem nenhuma ajuda. Às vezes, ficava em casa devido a esse problema”, conta.

Exposição do Topa no 3º Encontro Estudantil - Fotos Geraldo Carvalho
Aprender a ler e a escrever também foi uma conquista para dona Carmelita de Oliveira, 65 anos, para quem o analfabetismo sempre foi um grande obstáculo. “Se hoje eu vou no supermercado, eu posso fazer minhas compras sem nenhuma dificuldade, antes não era assim, eu tinha que perguntar sobre tudo. O Topa foi uma oportunidade excelente, me deu a chance de ser mais independente”, comemora.

Genivaldo Araújo Romão, 40 anos, também mudou de vida com a alfabetização. Passou em concurso para vigilante e resgatou a autoestima. “O bem pouquinho que sabia, não lembrava nada, nem mesmo fazer o meu nome. Entrei no Topa para ter uma nova vida. Hoje sei ler e escrever. Já fiz até concurso para vigilante e passei. Cheguei no concurso, eles me deram uma prova e aí comecei a ler com calma. Era para escrever o que eu faria em um caso extremo no trabalho. Passei, né? Estou esperando ser chamado”, entusiasma-se.

O Topa, também, mudou a vida de Paulo Pereira, 46 anos, trabalhador da construção civil. “Trabalho desde seis anos e como eu brincava muito na escola, meu pai me tirou e colocou para trabalhar. Conheci o Topa e coloquei na cabeça que tinha que aprender. Acordo todo dia três horas da manhã e vou para minha laje que tem o meu caderno e livros. Vou treinando minha leitura.

 

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